um agradecimento
Quando criei este meu humilde cantinho, não tinha qualquer pretensão de ser lida.
É o meu bloco de notas, que por acaso é público, onde vou despojando pensamentos, opiniões, desabafos e aprendizagens desta vida, mas a ideia deste espaço não era (e não é) criar interação com outros, obter feedback, ou saber que era lida…para mim bastava-me escrever, libertar da alma para as palavras, já era suficientemente satisfatório.
Este cantinho conta já com 4 anos (é uma criança ainda), teve os seus momentos de paragem pelo caminho, como aliás acontece aos meus blocos que por vezes repousam durante mais tempo dentro da gaveta, e sempre assumi isso como algo de natural, até porque não tinha ninguém do outro lado ‘à espera’ para ler nada (julgava eu) e, como tal, quando voltasse a abrir o bloco lá teria uma nova folha à minha espera, e apenas à minha espera.
Acontece que tal não é assim, afinal de contas há mesmo pessoas ‘do outro’ lado, há pessoas que me leem, seja muito ou pouco interessante o que escrevo, há quem leia e acima de tudo marque presença.
E tem sido tanto o carinho que tenho recebido neste meu cantinho, de pessoas que não me conhecem e eu não conheço (na verdade, algumas sinto que sim, as palavras levam-nos para dentro da pessoa…conhecemos mais do que uma formal apresentação) e é algo que eu não esperava.
Há dias, em que as pessoas (sem saberem) dizem a coisa certa no momento certo, iluminam o meu dia, preenchem-me com palavras. É, de facto, uma comunidade.
Muito obrigada por, sem me ter apercebido disso, fazer também parte da comunidade.
Obrigada a todos quanto estão presentes, os que dão ‘sinal de vida’ e os que não dão, os que gostam e os que não gostam assim tanto mas conseguem fazer uma crítica sobre isso mesmo, porque mesmo quando estamos em desacordo é ótimo podermos gerar essa discussão, vermos outros pontos de vista e, no final, aprendermos algo.
Obrigada por tirarem este meu bloco da gaveta e irem folheando, sempre que vos apetece e faça sentido.
Sem ser esse o intuito, acaba por ser prazeroso perceber que há pessoas que leem as palavras por aqui soltas, longe de serem dignas de um qualquer escritor, mas ainda assim leem e, por vezes, reveem-se. Muito grata por isso ter acontecido, sem ter dado por nada; grata por vos ter aí desse lado e poder, igualmente, acompanhar as vossas histórias, desabafos e ensinamentos (muitas vezes).