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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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tempo, ai o tempo

Tri, 26.03.18

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É o trabalho, os estudos, os meninos para ir levar e buscar à escola, é o levar ao ballet e ao Karaté, é o ginásio, é um vai p’ra lá e vem p’ra cá’, inúmeras tarefas, correria diária …

pára, pausa, respira rápido …

mais trabalho, mais estudos, mais afazeres, mais correria.

 

E assim é o dia-a-dia de muitos de nós (até mais preenchidos vá). O século XXI trouxe-nos uma melhoria da qualidade de vida, mas de facto esta evolução dos tempos trouxe tantas coisas boas como outras tantas menos boas. 

 

O ritmo de vida contemporâneo é absurdamente rápido.

 

É tudo pautado em minutos, segundos. A geração de hoje (que somos todos nós que vivenciamos estas alterações) tem que lidar com várias tarefas ao mesmo tempo, de forma rápida e, ainda assim, falta tempo.

 

Falta-nos sempre tempo …

 

E é o que me tem acontecido … faltar tempo, até para escrever … cada vez sinto mais que o tempo é efetivamente o luxo dos nossos dias, como já aqui disse, é um bem precioso que temos que saber gerir para o maximizar.

Cobramos um tempo que (se calhar) não sabemos gerir da melhor forma e aproveitar ao máximo, pois quando “temos” tempo, não usufruímos como deveríamos e permanecemos no ciclo vicioso da falta de tempo.

 

Procrastinamos o máximo que podemos “Eu depois eu faço isso…”, “Quando tiver tempo resolvo isso… ” e assim vamos dando “desculpas” sucessivas para aquilo que não queremos fazer ou que não conseguimos gerir da melhor forma.

 

Esta é (tem mesmo que ser!) a minha missão este ano: arranjar tempo (ou gerir e aproveitar o meu tempo melhor, vá).

Ter tempo para simplesmente estar; para pôr a leitura em dia; para escrever; para abraçar e estar com quem nos é querido; para simplesmente não fazer nada (se for isso que apetece) ou ir de facto ao ginásio (se for isso que apetece).

 

Claro que temos responsabilidades e rotinas que temos que seguir, mas se forem bem geridas conseguimos fazê-las da melhor forma, ficamos mais satisfeitos e motivados e acaba por “sobrar” tempo para o que quisermos.

 

Porque no final, é mesmo isso que importa: em que é que investimos o nosso tempo, o que é que cultivámos enquanto por aqui passamos.

 

E dito isto vou tentar voltar ao ativo por aqui no blog =)

o luxo do tempo

Tri, 07.03.17

O tempo de hoje passa a voar, quantas vezes não demos por nós a comentar “Já é natal? Este ano passou a correr!”. 

tempo a fugir.jpg

E de facto assim é, a vida é vivida a um ritmo alucinante que por vezes nem nos apercebemos, não desfrutamos de pequenas coisas porque temos que ser polivalentes e omnipresentes e ir num instante para qualquer outro lado.

 

Mais do que os bens materiais que se possam adquirir e colecionar, o tempo é de facto o maior luxo dos dias de hoje.

 

O tempo para estar sem preocupações; o tempo para disfrutar da companhia de alguém; o tempo para poder simplesmente não fazer nada, sem correrias, sem responsabilidade nem compromissos stressantes.

A vida evoluiu, como não poderia deixar de ser, com a evolução do mundo, e nós tentamos abarcar tudo e fazer de tudo e quando nos apercebemos, não estamos a viver a vida, estamos a passar por ela.

 

Fazemos tudo a correr, em piloto automático porque já estamos dessa forma formatados; vamos a correr buscar os miúdos para ir a correr ao supermercado; vamos a correr ao dentista/cabeleireiro, enfim, porque temos a casa para arrumar; fazemos qualquer coisa simples para o jantar, a correr, para termos tempo de ir a um cinema; vamos a correr ao ginásio na pausa de almoço para rentabilizar o tempo; saímos a correr do trabalho para podermos tomar um copo com um amigo, a correr, para voltarmos a casa e preparar tudo para um novo dia …que este já passou, a correr.

 

Acumulamos compromissos, preenchemos todos os tempos livres, temos a sensação que o dia é cada vez mais curto e que não chega para todos os afazeres, o ano passa a voar e temos a sensação que tudo o que temos para fazer não cabe no tempo que temos disponível.

 

O estilo de vida que temos hoje é assim, acelerado, muito diferente do vivenciado á poucos anos atrás, no entanto, para acompanhar o desenvolvimento do mundo temos que nos desenvolver pessoal e profissionalmente preenchendo de tal forma a nossa agenda, vida e cabeça que temos a perceção que o tempo acelera, mas não, na verdade a nossa perceção temporal só muda devido aos inúmeros compromissos que temos presentes no nosso quotidiano que não nos permitem assimilar o passar do tempo de forma mais tranquila.

 

Acredito que tal ritmo não se consiga alterar agora, não no caminho evolutivo que segue o mundo, em que conseguimos estar “presentes” em diferentes eventos e a falar com diferentes pessoas sem realmente ESTAR, por meio das diversas redes sociais e de comunicação existentes, no entanto, creio que é fulcral para o bem-estar pessoal e emocional conseguirmos distanciar-nos destas rotinas, destas vidas aceleradas e parar! Aproveitar o momento, aquele verdadeiro que está acontecer naquele momento connosco, não qualquer outro que alguém está a vivenciar e nós a comentarmos.

 

Tirem férias, descansem, disfrutem, vivam a vida!