a era das imagens
Como já aqui disse, sempre gostei de escrever (e gosto!), dá-me um prazer incrível e nunca tinha sido meu propósito ter um blog, até que surgiu a ideia e criei este…mas foi ‘só porque sim’, não contava ‘ter seguidores’ ou ‘leitores assíduos’.
Era um escrever só por escrever e neste cantinho ia ‘depositando’ um pouco de mim.
Mais de um ano passado e constato que me dá um gozo fenomenal tê-lo, poder deixar um pouco de mim por aqui (apenas um pouco vá), abrir, por vezes, a alma, discutir assuntos interessantes, escrever um rol de disparates, reflexões e afins.
A vontade surgiu-me também porque sempre fui seguidora assídua de blogs, vários blogs, (alguns com décadas) e bastante interessantes que me deixavam mesmo empolgada por poder lê-los.
No entanto, atualmente vivemos na era da imagem, sinto que as pessoas já não estão para ler textos grandes, querem as imagens não as palavras. Querem absorver muita coisa e de forma rápida, têm pouca paciência e vontade de esperar pelas coisas, querem tudo no imediato, é a era dos youtubers. (não desfazendo no seu trabalho)
Por opção não tenho redes sociais (e não creio que tragam qualquer mais-valia para a minha vida em concreto) e discuto bastante este tema com amigos, porque a qualquer lado que se vá tem que ser registado e partilhado.
Quase ninguém está simplesmente num sítio, disfruta plenamente daquela refeição, companhia ou paisagem parece que tudo se torna completo apenas com a partilha com terceiros numa forma de afirmação.
Eu pessoalmente, nunca gostei de partilhar mais do que o que controlava. Mesmo, por aqui, partilho os pensamentos que me assolam a mente, partilho o que me vai na alma mas pouco sobre os meus problemas (também problemas todos temos que chegue na vida), mas a verdade é que me exponho, dou um pouco de mim, sem dúvida.
Esta exposição excessiva causa-me alguma ‘urticaria’, ou sou eu que não me estou a conseguir adaptar a estes tempos e acompanhar ou, de facto, está a ser um exagero. (aposto mais na segunda opção…eheh)
Deixo-vos o post da Carolina, que é exemplificativo disso mesmo, deste exagero que inclusive ‘já criou’ novas profissões.