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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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Portugal o mais crítico dos Portugueses

Tri, 27.08.18

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Em que povo nos fomos tornando?

Num povo sombrio, triste e sempre à espera da desgraça alheia.

Na ‘santa festa da terrinha’ estamos sempre presentes e prontos para um pézinho de dança, mas somos sempre os mais críticos do alto da nossa vasta sabedoria sobre todos os temas existentes à face da Terra.

 

Porque razão somos nós os mais críticos de Portugal e dos portugueses?

 

Não é só o clima, a gastronomia, os monumentos, a segurança e a natureza. Temos muitas situações das quais nos devemos orgulhar. Mesmo muitas! E mesmo muitos portugueses fantásticos, que elevam o nosso país.

Marcas, empresas, pessoas com sucesso mundial e conhecidas em todos os ‘cantos’ do Mundo. E nós, em vez de aplaudirmos, exortarmos, ampliarmos, celebrarmos, só criticamos , maldizemos, é o ‘bota-abaixo’.

 

Porque razão são os estrangeiros, quer vivam cá ou fora, os primeiros a enaltecer as nossas qualidades e sucessos?

 

E são eles de facto, sem entenderem a nossa mente por vezes, que nos elogiam e divulgam o que de bom se faz em Portugal e pelos portugueses.

Isto tanto é válido para os produtos como para os feitos dos nossos portugueses de destaque por esse Mundo, ainda agora conquistámos medalhas de ouro e ainda assim consigo ouvir falar ‘menos bem’.

 

É o ‘efeito Cristiano Ronaldo’ que é o Melhor do Mundo, que luta, trabalha imenso, esforça-se, partilha as suas conquistas e mesmo fortuna com uma família unida a quem nunca deixou faltar nada e mesmo assim apenas se sabe dizer ‘nasceu com jeito’, ‘teve sorte na vida’, ‘se eu ganhasse o que ele ganha’... Ele lutou para estar onde está, fazer o que faz e ganhar o que ganha.

 

Enfim ...

 

No meio de tudo isto, aguardo o dia em que se comece a valorizar o trabalho, o empenho e a dedicação, em que se deixe de lado os gostos pessoais, em que se arrume a inveja e em que se deixe de procurar o deslize dos outros para valorizarmos a nossa vida.

 

Resta-me deixar os parabéns e agradecimento aos nossos atletas que têm brilhado este ano, pois na nossa estreia nos Jogos do Mediterrâneo arrecadámos 24 medalhas; o português Nelson Évora sagrou-se pela primeira vez campeão europeu do triplo salto e a Inês Henriques nos 50 km marcha.

 

A Estrada Nacional 2

Tri, 28.10.17

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A Estrada Nacional 2, que liga Portugal de Norte a Sul, mais precisamente de Chaves a Faro, é a terceira mais extensa do mundo com 738Km. Alguns dos seus troços existem há mais de um século, no entanto a estrada só foi consagrada como tal em 1945.

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Infelizmente fazer a rota da EN-2 é quase como um puzzle, tentar encontrar pequenos bocados da estrada original, encaixar na nossa rota e seguir viagem…

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Desde já informo a quem tiver interesse em fazer a EN-2, que é impossível fazê-la sem GPS. Isto porque, alguns troços da estrada original foram destruídos em algumas povoações, noutros foram construídas as IP por cima e, a somar a tudo isso, a sinalização é escassa durante vários KM em várias regiões, pelo que sem as indicações do GPS não se consegue descobrir por onde segue a EN-2.

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Apesar desse ‘senão’, que é ultrapassável graças à tecnologia atual, a viagem é uma autêntica surpresa, pela variedade de paisagens e relevos, de património cultural, de gentes, de povoações, tão pequenas algumas, e tão bem cuidadas.

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Foi maravilhoso conhecer um pouco mais este nosso ‘jardim à beira mar plantado’, é de facto um país muito completo e esta viagem permitiu comprovar isso mesmo e também para ver mais de perto as desgraças deste verão, a destruição em Pedrogão, em Abrantes, enfim uma negritude a toda a nossa volta.

 

A estrada passa por 11 distritos, cada um deles com pormenores bastantes distintivos e únicos, seja monumentos, paisagens naturais, termas, gastronomia, património religioso. (e que bem se come neste país…) Adorei também as diferentes sinalizações originais que vamos encontrando ao longo do caminho e auelas retas intermináveis que encontramos no Alentejo, das quais não conseguimos ver o final.

 

 

Nesta aventura, além de pararmos em todas as povoações fizemos também alguns desvios da estrada para visitar outras regiões de Portugal que ‘chamavam por nós’.

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 Valeu tudo a pena, cada metro, cada Km. (valeu a pena o conhecimento do nosso pais e o companheirismo e palhaçada que existiu nesta viagem vá)