e lá se vai 2021
Ainda estou de fugida, mas não queria deixar de passar por aqui para vos desejar um BOM ANO. Precisamente isso, UM BOM ANO, com tudo aquilo que cada um mais precisar.
Sinto que ao longo deste ano pouco escrevi, tanto aqui no blog como nos meus cadernos de desabafos, apesar de ter feito alguns posts por este cantinho que me obrigaram a alguma reflexão. E esses mesmos posts geraram alguma interação com todos os que por aqui passam, e fiquei muito feliz por isso. (é, parece que vocês são uns fofinhos)
Estou de fugida, mas prometo voltar quando as coisas acalmarem.
Este ano foi estranho, parece que passou rápido demais e, ao mesmo tempo, parece que não aconteceu nada. Mas aconteceu e teve as suas coisas boas, aliás, tem sempre se as soubermos ver. Mas também mudou. E muito. Há menos tolerância e paciência, mais propensão ao reclamar ‘só porque sim’, menos cuidado com o outro.
Mas não vamos focar nas coisas negativas da nossa sociedade, o ano vai terminar e nós queremos é ânimo para que 2022 venha cheio de energia; perceber como passou este nosso ano e pensar no que nos propomos fazer no próximo. (a inscrição no ginásio não vale vá, toda gente sabe que já está na lista desde 2010)
Eu falhei quase todas as resoluções a que me propus (mas honestamente, acho que fiz o melhor que pude); habituei-me a estar sem pessoas e, ao mesmo tempo, apercebi-me que sinto falta de pessoas; consegui atingir o meu objetivo de livros a ler; perdi a vontade de fazer fosse o que fosse, durante uns meses, mas depois recuperei e obriguei-me a mexer; percebi que a família é mesmo o pilar de tudo (como se já não soubesse) e enfardei (sim, não há outro termo) imensos bolos e doces.
Pareceu uma montanha-russa mas há tantos pontos positivos a retirar deste ano e é desses que me quero lembrar:
- Fiz da minha casa, o meu lar
- Eu e toda a minha família temos escapado a este ‘bicho’ que não nos larga
- Na minha ONGD, conseguimos adaptar o nosso voluntariado e não deixar as pessoas
- Acompanhar uma situação de sem-abrigo até deixar de o ser
- Consegui ir em missão para Cabo Verde, depois de adiarmos tantas vezes
- Ainda consegui ir de férias para fora do país
- Consegui ir ao teatro e a um concerto
- Consegui levar os meus pais um fim-de-semana de férias para descansar
- Pude rever familiares e amigos emigrantes
Consegui guardar momentos felizes na loucura dos dias: um abraço apertado, um pastel de nata oferecido, o almoço partilhado com os meus pais, a preocupação genuína da senhora da florista, o sorriso na cara do meu namorado, uma piada do meu pai, uma prenda recebida fora de época festiva. Porque, na verdade, a essência está mesmo nestas pequenas coisas.
Que 2022 vos traga, acima de tudo, saúde (física e mental) e muito amor que possam partilhar com todos.
Obrigada por continuarem desse lado, prometo tentar ser mais assídua por aqui em 2022.