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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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21 Benefícios de possuir menos

Tri, 02.07.21

Esta lista contém 21 benefícios de possuir menos e foi criada por Joshua Becker do blog Becoming Minimalist, das primeiras pessoas que comecei a seguir, e que muito me ensinou ao longo destes anos nesta minha jornada.

 

1- Gastar menos dinheiro

Escolher ter apenas o essencial significa, muitas vezes, não gastar dinheiro com o acessório e poder até fazer poupanças. (bastante lógico e fácil de compreender, mas nunca é demais recordar)

2- Menos Stress

Uma casa minimalista é significativamente menos stressante, porque tem menos coisas (ou seja, tem o essencial para se viver) e assim tudo tem o seu sítio e consegue-se manter sempre arrumada. Sem tralhas acumuladas.

3- Fácil limpar

Quanto menos coisas temos em casa, mais fácil se torna a limpeza. (excepto as minhas estantes dos livros que continuam a ser trabalhosas)

Aliás dá para ir mantendo limpa em vez que chegarmos ao fim-de-semana e perdermos tempo a fazer uma limpeza profunda. E aproveitamos melhor esse tempo para estarmos com as pessoas.

 4- Maior liberdade

Sem sensação de aprisionamento às coisas; a sensação de liberdade que vem do minimalismo é verdadeiramente refrescante. Não dá para transpor em palavras, só colocando em prática. Força nisso!

 5- Bom para o Meio Ambiente

Menos consumismo, menos danos para o meio ambiente. Já por aqui falei várias vezes sobre isso mas continua a ser um tema pertinente em cima da mesa. Temos urgentemente que mudar os nossos hábitos de consumo (e consumir menos, de uma forma geral vá)

 6- Maior produtividade

O que possuímos consome demasiado do nosso tempo. Quanto menos temos (entenda-se bens materiais) mais nos conseguimos focar no essencial e sentirmo-nos produtivos.

Seja no trabalho, seja a desenvolver um projeto ou hobbie que sempre adiámos, seja a fazer coisas com as nossas pessoas. O tempo parece que cresce, prometo! (palavra de escuteiro ... se é que vale de alguma coisa de alguém que nunca o foi)

 7- Um exemplo para os filhos

São lições valiosas para a vida deles que nunca irão aprender nos media.

Claro que há muitas outras importantíssimas, não estamos aqui a minimizar nada, mas aprender a não dar tanto valor às coisas mas sim às pessoas, na sociedade atual, é não só imporatnte como um grande desafio.

 8- Apoiar outras causas

O dinheiro é apenas tão valioso quanto aquilo onde o decidimos gastar.

Se optarmos por investir em vez de gastar. Ou de ajudar alguém em detrimento da nossa satisfação momentânea na compra de uma camisola nova...é só uma ideia.

 9- Possuir coisas com maior qualidade

Mais não é melhor…melhor é melhor.

E caro também não significa melhor. Melhor são coisas feitas com bons materiais e que permitem uma grande durabilidade para evitar que todos os anos compremos coisas.

10- Menos trabalho para outra pessoa

Criar uma vida menos stressante hoje vai diminuir o trabalho de alguém no futuro.

Isto é um pau de dois bicos (ou como diz o outro "uma faca de dois legumes") pois há quem faça dinheiro com o facto de andarmos stressados e a 'pirar'...é o trabalho deles vá.  minimal.PNG

 

Nada do que não tenho me faz falta

Tri, 25.01.21

Esta minha viagem pelo minimalismo, ainda não é muito longa, começou em 2018 e tem tido um tal impacto positivo na minha vida que só tenho motivos para partilhar o que fui descobrindo e aprendendo. (mas como não somos todos iguais, não temos que ter todos as mesmas aprendizagens, não é verdade)

Esta reviravolta na minha vida começou com o enfrentar a realidade e ver ‘a tralha’ há minha volta (não vivia atolada mas vá, todos temos tralhas) e perceber que não me conseguia orientar, organizar o que quer que fosse. O meu escritório tinha todas as canetas alinhadas, as folhas e blocos de notas sempre arrumados, as minhas pastas sempre devidamente arquivadas e no resto, bagunça total…até que comecei o meu processo precisamente a fazer uma escolha às minhas tralhas, guardar o que um dia poderia ainda ser útil e deitar fora tudo o que já não o era.

Mas atenção, tralha não é sinónimo de lixo! Tralha é sim, tudo aquilo que temos em casa (ou nas nossas vidas) e ao qual não damos uso, não necessitamos, que não nos acrescenta valor ou que simplesmente já não gostamos. Isso sim é tralha, mas pode ser tudo coisas boas…boas para outras pessoas e outras vidas, por exemplo ;)

Este conceito que muito se fala (e eu falo e aplico claramente) é diferente de organizar, limpar ou arrumar. Consiste sim em deitar fora as ditas tralhas, livramo-nos delas, do que é inútil, libertar espaço. (válido para espaço físico ou mental)

destralhar.png

Agora, se me perguntam se houve vezes em que abdiquei de coisas e mais tarde me lembrei ou precisei delas. Sim, claro que houve!

 

O meu destralhanço

Tri, 16.07.20

Ora isto depois de se inventar uma palavra pode-se fazer toda uma conjugação verbal com a mesma, não será verdade?!

O Priberam não reconhece destralhanço, não precisam de ir procurar que eu facilito-vos a vida, mas eu digo-vos o que é: diz a linguagem corrente que 'é o ato de deitar fora tralhas'. 

Na minha vida desfazer-me de coisas, literalmente, foi libertador, fez-me ganhar espaço, tempo, clareza. Libertei-me de coisas em casa e no meu escritório, aos poucos, com tempo, não foi uma mudança radical num só dia, mas o impacto foi muito positivo.

Só quando nos predispomos à mudança, quando decidimos começar a separar as coisas, a deitar fora, é que nos depararmos com a montanha de coisas que temos. No fundo já sabíamos que tínhamos muitas coisas mas ter a certeza e encararmos toda a tralha com números concretos é muito mais impactante.

733a_caixas.jpg

O problema é que, normalmente, as nossas coisas (vulgo tralha) estão todas arrumadas nos seus armários, logo não damos pela sua presença e vamos juntando mais peças e acumulando sem nos apercebermos disso.  Só quando iniciamos este processo é que percebemos a quantidade de coisas que ainda temos guardadas e que não vemos, não consultamos, não lemos há anos, que não vestimos nos últimos três anos (e que na verdade nunca mais voltaremos a vestir porque já não nos servem), enfim percebemos a importância e urgência de destralhar.