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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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a discórdia no local de trabalho

Tri, 17.08.17

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 Desde que me lembro de ser gente (vá…desde que comecei a ser gente grande e a trabalhar) o campeão do desentendimento entre colegas numa organização sempre foi o "ar condicionado".

 

É uma verdade transversal a todas as organizações por onde passei e, certamente, será também comum a muitos de vocês pois quem nunca assistiu a monólogos do género:

- Não se está nada bem nesta sala, até tenho que colocar o casaco pelas costas.

- Ai que calor. Vocês não sentem?

- Ui que frio, nem os pés me aquecem.

 

Paralelamente a este fenómeno existe também o da música ambiente, o rádio de fundo que se põe a tocar no escritório para cortar o silêncio pesado que por vezes pode existir (devido aos elevados níveis de concentração, claro está). Por aqui, habitualmente, o rádio passa uma qualquer rádio com música da moda, ora pra quem gosta de certos estilos de música específicos ter que ouvir de vez em quando reggaeton ou coisas assim, pode ser desconcertante (principalmente se não for acompanhado de um copo de vinho para animar).

 

A agência americana de marketing, WebpageFX, fez um estudo sobre este fenómeno e apresentou alguns números engraçados:

 

— 61% dos colaboradores ouvem música no trabalho para se sentirem mais felizes e produtivos.

— 88% consideram que realizam um trabalho mais preciso quando estão ouvindo música.

— 77% de donos e gerentes de PME acreditam que a música ajuda a ‘levantar o astral’ da equipa.

 

Mas que tipo de música devemos ouvir?

— Música ambiente (eletrônica ou instrumental) aumenta a precisão da análise e do preenchimento de dados em 92%.

— Música clássica melhora a eficácia do trabalho para 12% dos colaboradores

— Música pop reduz a incidência de erros para 14% dos colaboradores

— Música animada (dance music) aumenta a velocidade de leitura para 20% dos colaboradores

 

O estudo ainda demonstra que, se precisamos aprender coisas novas, devemos ouvir música com mais instrumental uma vez que as letras podem interferir na nossa capacidade de reter novas informações. Quando ouvimos música com letra, o cérebro tem que processar dados auditivos além dos dados que estamos a tentar apreender. Esta multitarefa pode fazer com que o cérebro interprete incorretamente as informações ou cometa erros sobre o que precisa armazenar.

 

Assim, caríssimos colegas, para bem da produtividade da nossa empresa, deixem de ouvir ‘despacito e afins’ (e de me obrigar a ouvir) e quem sabe possam aderir à moda dos phones nos ouvidos: ouvem o que querem, sem incomodar e ainda têm phones com umas cores todas catitas que podem fazer pandam com a roupa do dia.

 

(ou passamos todos a ouvir a música de espera do call center pois quando telefonamos dão-nos muita música clássica para nos acalmar…resulta imenso)