as linguagens do amor
Que todo o ser humano é único, isso todos nós sabemos. O que muitas vezes não reparamos é que há particularidades em cada um de nós, que alteram a forma como vemos o mundo, como o sentimos, como damos importância às pessoas ao nosso redor, como espalhamos amor. (se é que espalhamos…)
Conceito introduzido por Gary Chapman, nos anos 90, explica o “segredo do amor duradouro”, as linguagens que se foi apercebendo existirem ao longo de décadas enquanto conselheiro matrimonial, a premissa base do seu livro é bastante simples (senso comum vá, até eu sabia dizer isto), afirma que: pessoas diferentes com diferentes personalidades e feitios, dão e recebem amor de diferentes formas. (lógico, certo? Eu avisei!)
Aqui falamos de Amor em todas as suas formas e feitios, para com amigos, família, parceiros, etc. Percebendo as nossas preferências de como gostamos mais de receber e retribuir amor à nossa volta, conseguimos mais facilmente demonstrar sentimentos, espalhar amor, conectarmo-nos mais profundamente com as pessoas, estabelecer uma comunicação muito mais eficaz com resultados altamente positivos.
O objetivo de melhorarmos o autoconhecimento, sobre a forma como reagimos perante o amor, é que se estreitem os laços, se desenvolvam relações mais fortes, coesas, com maior entendimento.
Assim, no seu livro, o autor apresenta as formas que utilizamos para nos expressarmos numa relação:
- Palavras de afirmação
- Tempo de qualidade
- Lembranças
- Gestos de serviço
- Toque físico
Agora vamos entender um pouco melhor o que é cada uma destas características.
Palavras de afirmação
Sejam faladas ou escritas, este tipo de linguagem usa as palavras para elogiar a outra pessoa, incentivar, apoiar, para dar alento e força. Pequenas coisas que, para quem dá mais valor às palavras, vai, certamente, impactar: “Estou orgulhoso de ti”, “ainda bem que arriscaste, está ótimo”, “o jantar está mesmo delicioso”, “gosto de te ter na minha vida porque…”.
Tempo de qualidade
Esta linguagem trata, essencialmente, do estar. Do estarmos lá para o outro, estarmos efetivamente presentes no momento, desfrutarmos da companhia, passarmos tempo de qualidade em conjunto.
Lembranças
Para algumas pessoas, receberem pequenos presentes sem contar, daqueles de fazer derreter o coração, é o que as faz sentirem-se mais amadas. E, por presentes, não quer dizer gastar fortunas a comprar coisas, mas sim dar coisas simples que a pessoa aprecie e não estava a contar: uma flor, um chocolate num dia mais amargo, um bloco de notas para quem gosta de escrever, etc.
Gestos de serviço
Nesta linguagem as ações falam mais alto que as palavras. Basicamente, para sentirem a atenção, o carinho e cuidado do outro basta-lhes uma pequena ajuda ao invés de presentes e grandes poemas. Preferem que a pessoa as ajude a concluir uma dada tarefa, que lhes tire um peso de cima assumindo a responsabilidade de algo, que façam algo sem que tal lhes seja pedido, que tomem a iniciativa. Basicamente, para estas pessoas, se se oferecerem para tratar da roupa, irem vocês às compras, ou qualquer outra tarefa irão fazê-las sentirem-se nas nuvens.
Toque físico
Para estas pessoas, nada transmite melhor o amor do que o toque, de forma adequada e respeitosa. Precisam de muito contacto, abraços, beijos, mãos dadas, tocar enquanto falam, todos estes toques as fazem sentir amadas.
Claramente que, lendo isto, todas estas linguagens nos parecem igualmente importantes e necessárias, e achamos que usamos todas elas mas se, efetivamente, fizermos este exercício de maior introspeção, de nos conhecermos, percebermos como temos sido ao longo da vida, do que é que gostamos mais, vamos constatar que usamos mais umas linguagens do que outras. Há quem goste mais de abraços e beijinhos e há quem prefira que a pessoa a ajude a terminar uma determinada tarefa que lhe está a custar fazer, sem que tal lhe seja solicitado.
Se tiverem curiosidade, deixo-vos aqui o site (é em inglês) para que façam o questionário e descubram qual a vossa linguagem do amor.
Confesso que fiquei um pouco surpresa com os meus resultados, sempre achei que era mais de gestos de serviço e palavras, gosto sempre de preparar o pequeno almoço supresa no dia do pai, fazer bolachinhas para oferecer, escrever postais de Natal e Aniversário para todas as pessoas, etc.
Afinal o meu resultado é maioritariamente ‘palavras de afirmação’, o que faz algum sentido ou não achasse eu piada a escrever umas coisas (como se pode ver pode este cantinho mal-amanhado) e a escrever mensagens e post-its às pessoas; seguido de ‘toque’, daí os meus abracinhos constantes.
Achei muito interessante o quiz e pode deixar-nos a pensar. Quem tiver curiosidade, faça.
Depois partilhem por aqui, tenho curiosidade em saber “quem anda por aí”. 😉