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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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os equílibrios da vida

Tri, 24.02.24

Comecei o Ano Novo a quebrar hábitos. Deixei de me deitar à meia noite para passar a deitar um pouco mais cedo (15 min vá, mas já é alguma coisa), deixei de comer pão (confesso que nunca fui grande fã e o glúten deixa-me inchada), deixei de comer açucares processados (não, não é uma tristeza, as frutas secas são super doces), comecei a tentar seguir uma série na Netflix (não prometo acabar, mas estou a tentar … mas sinto sempre um “olhar” acusatório dos livros que me espreitam da estante).

Numa altura em que se quer acrescentar, fazer mais, mais tarefas, resoluções e objetivos eu decidi começar fazendo menos e diferente, e definindo metas curtas que me permitam chegar às minhas resoluções.

Não sei quanto a vocês, mas é fácil olhar para as pessoas à minha volta e pensar, quem me dera acordar tão cedo/ter energia para ir ao ginásio logo de manhã/nunca encomendar comida/ser sempre positiva/ler mais – todos os hábitos que se dizem bons, transformadores e saudáveis.

No entanto, nunca pensamos que, para ter essa parte, teríamos de ter o resto também porque a vida é feita de equilíbrios sempre.  Para haver o sol tem que existir a noite, para sentirmos que algo foi bom temos que conhecer o mau, para sabermos que estamos cheios de energia temos que nos reconhecer sem ela, etc. 

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Confesso que quando era mais nova, por vezes sentia inveja das pessoas, não tanto do que tinham (que não sou muito agarrada a bens materiais) mas mais do que faziam, dos hobbies que tinham, das viagens que conseguiam explorar. Mas, felizmente, fui crescendo e vi-me livre de tudo isso percebendo que tal só te traz infelicidade e não muda em nada a tua vida. O que muda são as decisões que tomas, são os riscos que corres.

Mas, por algum motivo, à minha volta, vejo que todos correm atrás do lado rosa da vida, do pote no fim do arco-íris quando, na verdade, a vida é feita do todo, dos dias coloridos e dos cinzentos…não podemos querer comer apenas a parte de cima dos muffins (sim, todos sabemos que aquele creme é a melhoooor parte!)

Hoje o dia foi cinzento, tristonho como o tempo (que nos ameaça trazer a Primavera cedo de mais, para logo a seguir nos brindar com o Inverno tal como ele é) mas amanhã é um novo dia e eu acredito que vou acordar com mais energia, com mais vontade, com soluções até, quem sabe. Mas quero sempre recordar que a vida é feita do bom e do mau, da cor e do cinzento e é nos equilíbrios que crescemos, que aprendemos.

E eu sou muito grata pela vida que tenho, por todas as vezes que já bati com a cabeça na parede, por todos os erros que já cometi, por todas as aprendizagens, por ser quem sou hoje, por ter as minhas pessoas à minha volta e, acima de tudo, por continuar a investir em descobrir mais, em melhorar e crescer.

Espero que a vossa vida, esteja repleta de todas as cores.

obrigada

Tri, 11.01.24

Porque hoje é o dia mundial do 'obrigado'.

Porque nunca é demais sermos gratos.

Porque um obrigada cai sempre bem.

Obrigada.

Por estarem desse lado, por irem acompanhando as larachas que aqui deposito. Por comentarem e partilharem a vossa opinião e, por vezes, me deixarem a pensar com outro ponto de vista.

Obrigada.

À vida, pelos desafios que me vai colocando no caminho, pelos ensinamentos, pelas coisas boas, pelas pessoas com quem me cruzo, pelo amor que recebo.

Obrigada.

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a moda da positividade

Tri, 20.02.23

“Aprecia as pequenas coisas do teu dia”

“Mantém o pensamento positivo”.

Não é difícil de perceber que o tema felicidade e positivismo está na moda, diversos negócios são criados em torno dessa temática, livros e filmes de autoajuda no Top de vendas das livrarias, um breve deslizar pelas redes sociais e temos imensas frases bonitas de motivação, a quantidade de autores e especialistas sobre este assunto aumenta a cada dia, tudo para nos ajudar a mudar o foco, a conseguir chegar .  

Atualmente, é-nos ensinado que os vencedores mantêm o pensamento positivo, logo, que o nosso sucesso depende da nossa capacidade de evitar ser negativo.

A verdade, é que por vezes pode ser altamente frustrante tentar manter essa positividade.

Os efeitos da positividade são comprovados e podem fazer imensamente bem ao nosso corpo e mente (eu sou adepta, atenção). O problema está em supervalorizar essa positividade como forma de colocar um véu sobre sentimentos, dos quais não queremos falar, ou sobre emoções com as quais não sabemos lidar. 

Para que exista um equilíbrio, durante a vida temos que vivenciar momentos desapontantes, tristes, desencorajadores ou frustrantes. Por vezes, sentimo-nos menos bem sem nenhuma razão aparente e está tudo certo.

E quando a vida nos manda algumas pedras, não pegamos nelas para fazer uma ponte, não, a maioria de nós ressente-se, fica triste, tem momentos de pessimismo, dúvidas e até pânico.

E será que é assim tão mau estes sentimentos e pensamentos aparecerem na nossa vida? Significa que estaremos destinados ao fracasso só porque não vemos borboletas a voar todos os dias?

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E a pressão toda que isto cria já pensaram?! Os “positivos” acreditam que as suas vidas têm que ser maravilhosas, realizadas e plenas, e que tal só se consegue pensando positivo.

E estas ideias estão a ficar tão enraizadas (por todos os workshop e livros que se promovem) que alguém que esteja a passar um período menos bom, que tenha algum tipo de problema ainda fica mais em baixo pois crê que, para além de “já estar tudo estar mal” na sua vida, a culpa ainda é dela, por não conseguir pensar positivo e atrair coisas boas. 

E atenção que eu sou defensora do pensamento positivo, acredito genuinamente que ajuda a alcançar sonhos, tal como sermos gratos diariamente pelas coisas que vamos tendo no caminho, mesmo as más que podem ser momentos de aprendizagem.

Ao longo do último ano tive dúvidas sobre mim, pus em causa os meus conhecimentos (da vida no geral), criei conflitos com a minha área de formação (julgo genuinamente que não é a minha área, apesar de ter estudado para tal, não me apaixona), ia para um trabalho que me desgastava cada dia mais e onde saía frustrada com algumas das tarefas inerentes, algumas crises com a minha irmã, com quem sou incompatível (temos formas de ver, e viver, o mundo antagónicas), tive o meu pai no hospital e duvidei do nosso propósito no mundo … e tudo me ia deitando abaixo, mais e mais, tive um esgotamento quando, na verdade, ainda tinha muitos motivos pelos quais estar grata: eu tinha saúde, tinha a minha casinha e estava a conseguir pagá-la, tinha trabalho, a família junto de mim, fazia o meu voluntariado, conseguia estar com amigos e, portanto, pondo na balança devia estar feliz e contente com a vida. Isso é um facto! Mas não estava.

E hoje perdoo-me pela forma como lidei com tudo; perdoo-me por achar que estava errada ao não estar de bem com a vida com tudo de bom que já me deu; perdoo-me por achar que era fraca, que devia conseguir dar a volta a uma dada situação, quando na verdade, eu simplesmente tinha que viver a situação, o tempo que foi preciso e sair dela mais forte.

Por isso, sim, ter uma mente positiva é algo bom, mas se tivermos um dia mau ou nos sentirmos mais pessimistas, devemos aceitar a situação, que faz parte não estar sempre tudo cor-de-rosa, ao invés de tentarmos bloqueá-la.

Assim, vamos começar a pensar duas vezes antes de darmos conselhos como “não estejas ansioso” ou “vai ficar tudo bem”, que é interpretado como “não sintas essa emoção que é errado” quando na verdade devemos senti-la, processá-la e superar e, depois sim, voltarmos a estar bem e positivos.

Uma dica preciosa que partilho, e que ponho em prática diariamente é praticar a gratidão. Tenho um caderno na mesinha cabeceira e todos dias os dias penso sobre o meu dia e algo pelo que estou grata. Hoje ouvi os passarinhos a cantar e o sol a nascer no passeio matinal com o meu cão (matinal entenda-se 6h da manhã).

É a chamada positividade mais branda, permite-nos aperceber do bom que temos na vida e ir aprendendo a ficar feliz por pequenas conquistas ao invés da euforia passageira.

Acima de tudo, há que entender que entender que o ser humano é formado por um espectro de emoções, e que quando nos permitimos sentir cada uma delas, estamos a ser, simplesmente, normais e saudáveis. Eu demorei a aprender isso, espero que vocês sejam mais rápidos.  

Obrigada Sapinho

Tri, 15.04.21

Na sequência do meu último post, não podia deixar de fazer um update e estender este agradecimento ao sapinho, se bem que está implicito que toda a equipa Sapo Blogs faz parte da dita comunidade. 

Obrigada por nos irem acompanhando, na sombra muitas vezes, mas estão sempre aí, atentos.

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E obrigada também pelo último destaque aqui a este cantinho, ia-me passando despercebido.  Mas, como já sabemos, o Sapinho está sempre atento.

Um feliz dia a todos!

um agradecimento

Tri, 15.04.21

Quando criei este meu humilde cantinho, não tinha qualquer pretensão de ser lida.

É o meu bloco de notas, que por acaso é público, onde vou despojando pensamentos, opiniões, desabafos e aprendizagens desta vida, mas a ideia deste espaço não era (e não é) criar interação com outros, obter feedback, ou saber que era lida…para mim bastava-me escrever, libertar da alma para as palavras, já era suficientemente satisfatório.

Este cantinho conta já com 4 anos (é uma criança ainda), teve os seus momentos de paragem pelo caminho, como aliás acontece aos meus blocos que por vezes repousam durante mais tempo dentro da gaveta, e sempre assumi isso como algo de natural, até porque não tinha ninguém do outro lado ‘à espera’ para ler nada (julgava eu) e, como tal, quando voltasse a abrir o bloco lá teria uma nova folha à minha espera, e apenas à minha espera.

Acontece que tal não é assim, afinal de contas há mesmo pessoas ‘do outro’ lado, há pessoas que me leem, seja muito ou pouco interessante o que escrevo, há quem leia e acima de tudo marque presença.

E tem sido tanto o carinho que tenho recebido neste meu cantinho, de pessoas que não me conhecem e eu não conheço (na verdade, algumas sinto que sim, as palavras levam-nos para dentro da pessoa…conhecemos mais do que uma formal apresentação) e é algo que eu não esperava.

Há dias, em que as pessoas (sem saberem) dizem a coisa certa no momento certo, iluminam o meu dia, preenchem-me com palavras. É, de facto, uma comunidade.

Muito obrigada por, sem me ter apercebido disso, fazer também parte da comunidade.

Obrigada a todos quanto estão presentes, os que dão ‘sinal de vida’ e os que não dão, os que gostam e os que não gostam assim tanto mas conseguem fazer uma crítica sobre isso mesmo, porque mesmo quando estamos em desacordo é ótimo podermos gerar essa discussão, vermos outros pontos de vista e, no final, aprendermos algo.

Obrigada por tirarem este meu bloco da gaveta e irem folheando, sempre que vos apetece e faça sentido.

Sem ser esse o intuito, acaba por ser prazeroso perceber que há pessoas que leem as palavras por aqui soltas, longe de serem dignas de um qualquer escritor, mas ainda assim leem e, por vezes, reveem-se. Muito grata por isso ter acontecido, sem ter dado por nada; grata por vos ter aí desse lado e poder, igualmente, acompanhar as vossas histórias, desabafos e ensinamentos (muitas vezes).

reconhecer os momentos de felicidade

Tri, 25.03.21

A teoria é simples e todos a entendemos, mas colocar em prática é complicado, exige concentração e dedicação.

Estamos tão absorvidos na nossa vida de correria, no nosso dia-a-dia programado e atarefado que, pequenos momentos, não passam disso mesmo…pequenos momentos que nos passam despercebidos.

(sim mesmo agora que não andamos a correr para lado nenhum, conseguimos não prestar atenção…)

Pequenas coisas que não reparamos, não lhes damos a devida importância, não percebemos que é um pequeno grande momento pelo qual devemos estar gratos. (aliás devemos estar gratos por acordar todos os dias, não?)

 

Portanto, é difícil percecionarmos diariamente a felicidade nas pequenas coisas porque, habitualmente, vivemos quase em piloto automático pelo que isso tem que ser um exercício constante e consciente. Para mim é! Todos os dias faço esse exercício de ir olhando há minha volta ao longo do dia, de ir percebendo o que me rodeia, de ir agradecendo, de ir sorrindo e há dias em que tudo isso sai de forma automática, não precisamos de nos lembrar de fazer esses exercícios. Mas garanto, a vida fica tão mais leve.

Não. Não resolve todos os nossos problemas, aliás ninguém os resolve senão nós, mas ajuda-nos a ter uma outra visão sobre os mesmos, por exemplo.  

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Todos os dias, sem exceção, forço-me a parar, a ter consciência do que me rodeia, a dar atenção e a ser grata porque os problemas que tenho na vida não são comparáveis, por exemplo, aos que eu lido no meu voluntariado. Não são maiores nem menores, são os meus noutra realidade, contexto e proporção.

 

Mas todos os dias ouvimos e lemos frases inspiracionais, que se pararmos para as interiorizarmos exercem de facto o seu propósito, de motivar e dar alento, aquele clique que precisávamos para avançar com uma qualquer decisão. (mas se não passarem de um wallpaper bonito de rede social de pouco servem, na verdade)

E em todas estas pequenas coisas (e tantas outras) reside a nossa felicidade ao longo da vida, só temos que fazer o exercício de nos apercebermos. Deixo-vos o simples exercício, quando se deitam, parem 2 minutos e pensem no vosso dia, por muito mau, stressante ou angustiante que tenha sido, não teve alguma coisa de bom? Não vale a pena ser grato por ele ter existido na vossa vida? ;)

Um desafio de gratidão atrasado

Tri, 21.09.20

Felizmente que os últimos anos da minha vida têm sido pautados por muitas descobertas, muita aprendizagem e também a consciencialização do longo caminho que tenho ainda que percorrer.

Noção de gratidão e da sua importância no nosso dia-a-dia é uma dessas coisas.

Comecei a fazer um ‘diário da gratidão’ e tenho conseguido ser super certinha até aos dias de hoje, e que bem que isso faz: obriga-nos a pensar na nossa vida, a refletir sobre o dia que acabámos de ter, a refletir sobre todos os pequenos momentos do nosso dia e perceber que no meio do stress e correria tivemos coisas boas que nem nos apercebemos.

Eventualmente, acabamos por mudar o nosso ‘chip’ e deixamos de nos aperceber das coisas boas apenas no final do dia quando vamos escrever para passar a apercebermo-nos delas ao longo de todo o dia. Sermos gratos pelo que temos desde o momento em que acordamos, em vez de focarmos nas adversidades e naquilo que ainda não conquistamos.

Hoje é o Dia Mundial da Gratidão e que coisa boa para se enaltecer.

“Gratidão é a força de agradecer para cultivar coisas boas”

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E sermos gratos pelas coisas más, hein?!

Tri, 27.07.20

Uma outra palavra que entrou na moda e que se usa até “desgastar” é a gratidão. (e cá vou eu contribuir para o desgaste)

No entanto, muito se fala e, por vezes, pouco se faz. Gratidão não passa por escrevermos frases bonitas mas sim por sentirmos efetivamente gratidão na nossa vida, vivermos a vida de forma diferente. (que é diferente de sermos gratos duas vezes ao dia com qualquer coisa boa que aconteça)

Afortunadamente que o percebi há muito e tenho aprendido ao longo da minha evolução (sim, estamos sempre a aprender) mas, nos últimos dias, tenho vindo a refletir mais sobre isto, desde a última visita ao blog da Just Smile (que vale sempre cada visita), e percebi o quanto sou grata por muita coisa que me tem acontecido nos últimos anos.

Felizmente, é algo que está já efetivamente presente na minha vida (se bem que todos temos dias menos bons), gosto de fazer inclusive o meu livro da gratidão e obrigar-me a ter o meu tempo diariamente para refletir.

Já todos estamos habituados a ouvir que devemos ser gratos pelas pequenas coisas do dia-a-dia e que devemos estar atentos aos pequenos pormenores da vida que são relevantes e que devemos elevar (parece cliché mas é mesmo verdade).

Não obstante a importância das pequenas coisas da vida, sermos gratos pelas coisas boas é fácil! (afinal de contas são boas, não é?!)

O difícil mesmo é sentirmo-nos verdadeiramente gratos perante os problemas, os desafios da vida, as situações de tristeza e sufoco, os problemas e dilemas mal resolvidos. É claro que nunca queremos agradecer pelas coisas más, mas se não acontecessem, se o outro não tivesse determinada atitude, não estaríamos onde estamos.

Sim, devemos ser igualmente gratos pelas coisas menos boas que nos aparecem na vida!

Costuma-se dizer que pensamentos positivos atraem coisas positivas, e é mesmo assim pois a vibração que emanamos é a que vamos atrair. Desta forma, o sentimento de gratidão funciona no universo como um íman, e tudo o que agradecemos nos será devolvido quando precisarmos.

Então, não importa se fomos menosprezados no nosso trabalho, se fomos magoados nalguma relação, o relevante é sentirmos esse impacto, termos o nosso tempo de ficarmos tristes, revoltados, injustiçados (o que for) e no final agradecer a lição, e as ilações que podemos tirar perante o problema com que nos deparamos.

Claro que tudo isto implica uma crença plena, no campo do ceticismo não vale a pena estarmos a ter esta conversa, caros amigos.

Mas vivendo genuinamente a vida com amor e gratidão, é o que vamos vibrar para o universo que nos devolve aquilo que precisamos. E atenção, não nos devolve o que nós queremos (ou jugamos ter que ter) devolve-nos, de forma singela, aquilo que precisamos. Temos que ter essa perceção e compreender a relevância disso para não defraudarmos a nossa expectativa que pode ser muito ambiciosa (e não a fundamental para a nossa vida naquele momento). 

Vamos sentir gratidão: pelas dores, desamores e desentendimentos, pelas dificuldades financeiras, enfim por tudo o que possa ter acontecido pois formou a pessoa que somos hoje e, provavelmente, foi fundamental aquele momento menos positivo na nossa vida, ainda que só tenhamos essa percecção muito tempo depois (por vezes demoramos anos para aprender a lição, certo?)

Vamos sentir gratidão não só pelo bom mas pela vida na sua completude.

“Seja agradecido pelo que você tem e acabará tendo mais.
Se você se concentrar no que você não tem, nunca terá o suficiente.”

Oprah Winfrey

 

E tu pelo que és grato hoje?

a gratidão

Tri, 02.11.17

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Hoje acordei bem, bem como um todo.

Acordei e dei comigo a ter consciência de toda a gratidão que me invadia.

 

Mas afinal, o que é isto da gratidão?

 

Quando sentimos gratidão é como se o coração transborda-se de alegria. É quando nos sentimos bem, e especiais, e alegres e felizes por "nada de especial”, ou melhor dizendo “por tudo e por nada”. Apenas porque sim!

 

Acordei e senti-me bem enquanto comia uma banana e vendo o sol a aparecer timidamente no céu, senti-me grata por poder apreciar um ato tão simples como esse, mas que nem todos os seres humanos têm o acesso a esse privilégio.

Senti-me grata pelo facto de o meu trabalho ser no sentido oposto ao do trânsito diário e de eu não ter que passar por isso todos os dias (aliás senti-me grata por ter trabalho sequer).

 

Senti-me grata por ter tempo e possibilidade (devido á distancia) de ir comer a minha marmita junto à praia e poder parar, e apreciar o que me rodeia e pensar.  

 

Quando paramos para pensar, refletir em algo, a respiração é uma ferramenta bastante importante, é uma das formas que nos permite estarmos conscientes do momento presente, que nos permite estar aqui e agora.

Assim, numa das minhas inspirações dei comigo a ser grata pela família que tenho, aquela que está mesmo junto a mim sempre, pelos meus pais que são um pilar fortíssimo (e se calhar não o sabem devidamente), pelos amigos, mesmo amigos, que se contam pelos dedos das mãos mas que estão sempre presentes mesmo sem notarmos.

 

Grata por poder simplesmente caminhar neste mundo, ter saúde, poder ler, ser feliz, poder servir o próximo, poder continuar a sonhar com ‘mudar o mundo’ e, não o conseguindo, tentar fazer o meu papel para o tornar um pouco melhor. Grata por poder ver os pássaros no quintal da minha mãe e ainda a ouvir a refilar (toda chateada) que lhe estão a ‘debicar’ os morangos todos.

 

Grata por poder escolher o que quero para minha vida e por poder lutar pelo que quero, sem limitações nem imposições. Grata por ser livre.

 

E acho que todos deveríamos ser gratos na vida, em algum momento deveríamos parar a nossa azáfama diária e sermos gratos.

No fundo, todos temos algo por que ser gratos, quanto mais não seja o facto de estarmos vivos, termos diferentes experiências e podermos viver esta vida, da melhor maneira que nos é possível.  

 

E vocês, pelo que são gratos hoje?