Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

reconhecer os momentos de felicidade

Tri, 25.03.21

A teoria é simples e todos a entendemos, mas colocar em prática é complicado, exige concentração e dedicação.

Estamos tão absorvidos na nossa vida de correria, no nosso dia-a-dia programado e atarefado que, pequenos momentos, não passam disso mesmo…pequenos momentos que nos passam despercebidos.

(sim mesmo agora que não andamos a correr para lado nenhum, conseguimos não prestar atenção…)

Pequenas coisas que não reparamos, não lhes damos a devida importância, não percebemos que é um pequeno grande momento pelo qual devemos estar gratos. (aliás devemos estar gratos por acordar todos os dias, não?)

 

Portanto, é difícil percecionarmos diariamente a felicidade nas pequenas coisas porque, habitualmente, vivemos quase em piloto automático pelo que isso tem que ser um exercício constante e consciente. Para mim é! Todos os dias faço esse exercício de ir olhando há minha volta ao longo do dia, de ir percebendo o que me rodeia, de ir agradecendo, de ir sorrindo e há dias em que tudo isso sai de forma automática, não precisamos de nos lembrar de fazer esses exercícios. Mas garanto, a vida fica tão mais leve.

Não. Não resolve todos os nossos problemas, aliás ninguém os resolve senão nós, mas ajuda-nos a ter uma outra visão sobre os mesmos, por exemplo.  

mouth_smile_PNG42.png

 

Todos os dias, sem exceção, forço-me a parar, a ter consciência do que me rodeia, a dar atenção e a ser grata porque os problemas que tenho na vida não são comparáveis, por exemplo, aos que eu lido no meu voluntariado. Não são maiores nem menores, são os meus noutra realidade, contexto e proporção.

 

Mas todos os dias ouvimos e lemos frases inspiracionais, que se pararmos para as interiorizarmos exercem de facto o seu propósito, de motivar e dar alento, aquele clique que precisávamos para avançar com uma qualquer decisão. (mas se não passarem de um wallpaper bonito de rede social de pouco servem, na verdade)

E em todas estas pequenas coisas (e tantas outras) reside a nossa felicidade ao longo da vida, só temos que fazer o exercício de nos apercebermos. Deixo-vos o simples exercício, quando se deitam, parem 2 minutos e pensem no vosso dia, por muito mau, stressante ou angustiante que tenha sido, não teve alguma coisa de bom? Não vale a pena ser grato por ele ter existido na vossa vida? ;)

os prazeres do verão

Tri, 02.08.17

summer-time.jpg

 Finalmente o calor veio para ficar (felicidade para as pessoas, como eu, que são ‘cubos de gelo’ e desespero para os ‘fornos-ambulantes’) e que bem que sabe o quentinho do verão, acordar com o sol a brilhar e sair do trabalho a tempo de ver o pôr-do-sol.

Então hoje apeteceu-me fazer uma ode de adoração ao verão (prometo não fazer poemas com rimas parolas) e celebrar a vida.

 

Adoro a pausa que acontece na cidade! Todo o mundo vai de férias e, eis senão quando nos apercebemos (pasmem-se, caros leitores!) de que é possível andar na cidade sem trânsito! Poder chegar e sair do trabalho sem tem que passar pelo stress do trânsito, ter a cidade com um pouco menos de gases dos tubos de escapes …acho que descobri a solução caros governantes, redistribuição da população pelo território (ou então apenas férias vitalícias para a malta vá).

 

O efeito antidepressivo que a luz solar tem em nós, é incrível. Todas as pessoas andam mais bem-dispostas, com mais energia, mais alegres (até o ‘trombudo’ lá da empresa, vejam bem).

Poder usar pouca roupa e mais leve (pouca roupa, não é andar nua); adoro a facilidade com que nos podemos vestir no verão. Usar pouca roupa, leve e fresca e cheia de cores alegres e padrões vibrantes.

 

LER, LER MUITO! No verão podemos deliciar-nos a ler um livro de fio a pavio, os dias (que são mais compridos?!) parece que ajudam, que motivam à leitura e que nos dão mais horas por dia de forma a ‘esticarmos’ o nosso tempo. E que prazer me dá!

Ler é viajar sem sair do lugar, voar sem ter asas, sonhar acordado, navegar num mar de palavras imenso e dar asas à imaginação.

 

Gelados…huuuum…de todos os sabores, mas especialmente gelados artesanais, de chocolate, de doce de leite, de meloa, de cheesecake, de maracujá…huuuum, já disse gelados?

Não é que não se possam comer durante o resto do ano, mas a temperatura atmosférica parece que ‘não puxa’, já está demasiado frio para ainda estar a consumir uma coisa que não é fria é gelada!

 

A partilha, a partilha que o verão nos proporciona encanta-me. Estes dias, ditos maiores, permitem-nos partilhar mais momentos com os amigos, com a família, estarmos mais presentes, fazermos mais programas juntos. Partilhar o tempo em conjunto. É mesmo o ideal.

 

E assim fiquei a salivar por uns diazinhos de férias, que teimam em demorar, e vou-me contentando em acompanhar as vossas férias.

Uns excelentes dias de férias para quem os tem, aproveitem ao máximo! ;)

ser feliz

Tri, 06.06.17

“O ser humano nasceu para ser feliz” é uma das afirmações que mais se ouve e uma das premissas mais consensuais do nosso tempo. Atualmente, a discussão sobre este assunto passa muito pela reflexão do que é ser feliz, sendo que cada indivíduo terá a sua resposta muito pessoal a esta questão, pois a felicidade, num certo ponto de vista, é pessoal e intransmissível. Por outro lado, há uma ideia quase que pré-concebida de felicidade, que faz parte do senso comum, onde todos os indivíduos consideram que ter felicidade é ter saúde, amor, família, dinheiro suficiente, etc.

 

Evidentemente que a ideia de felicidade não é um conceito recente, já se discute à muitos anos, e mais do que isso, existe uma preocupação constante e inquietante: ser feliz é um desejo do ser humano ou um direito?!

 

Só o Amor faz dos seres humanos seres pessoais, capazes de se entenderem, de se tolerarem, de se respeitarem, de constituírem compaixão, justiça e perdão. Desta forma, quem não ama não consegue, não pode, ser feliz, por mais que tenha, por mais que seja. Quem não ama vive mal o seu presente e não é capaz do futuro.

 

Aristóteles descortinou a felicidade como “a atividade de alma dirigida pela virtude”, ou seja, pelo exercício da virtude, e não da simples posse. Só na liberdade é possível encontrar a felicidade.

 

A felicidade da liberdade consiste em levar o amor até ao esquecimento de si, na decisão livre e convicta de pôr a felicidade do outro antes da nossa própria. Assim, a felicidade é construída como um projeto com objetivos vitais de base como a solidariedade, a afetividade, a compaixão, o trabalho, a abertura, a cultura…

 

A felicidade é assim, apenas um direito do desejo de ser alguém, de ser para alguém.