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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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a correria da vida

Tri, 21.11.23

Com o estilo de vida atual, sinto-me numa luta constante para conseguir manter as rotinas que defini para a minha vida.

Não sei quanto a vocês, mas a correria do dia a dia, a pressão constante que sentimos relativa a diversos assuntos, a avalanche de responsabilidades que temos, muitas vezes, em mãos, tornam desafiador conseguirmos preservar momentos para atividades significativas para a nossa pessoa, um tempinho para cuidarmos só de nós. E como isso é importante!

É como se estivéssemos presos numa corrida interminável, tentando acompanhar o ritmo frenético imposto pela sociedade contemporânea.

Um dos hábitos que tinha desejado tornar mais assíduo era o da escrita, mas, de repente, dou por mim a não pegar num bloco e uma caneta durante semanas, meses…

A escrita, para mim, para além de uma forma de expressão pessoal, é uma válvula de escape para os desafios da vida, e quando pego no meu bloco sinto algum peso a desvanecer. (sim, ainda sou das antigas que gosta de escrever em papel e caneta ao invés de um computador)

Mas a pressão para corresponder às expectativas profissionais, manter relacionamentos, e ainda cuidar da nossa saúde física e mental, muitas vezes deixa pouco espaço para atividades que nutrem a nossa alma, como a escrita.

Depois temos a falta de tempo, aliada ao cansaço mental, que acaba por transformar a paixão pela escrita numa tarefa árdua, onde simplesmente olhar para a folha em branco pesa, cria ansiedade, ao invés de ser uma fuga. As ideias que antes fluíam livremente podem ficar aprisionadas no meio do caos mental, e a procrastinação instala-se, impedindo a materialização das palavras que clamam para serem declaradas.

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Mas eu sei, porque sinto, a importância de uma rotina equilibrada, mesmo que tal seja um grande desafio, é crucial para a nossa estabilidade. Reservar um tempo específico para a escrita, e cumprindo com o mesmo, tal como faríamos com qualquer compromisso importante, pode ser o primeiro passo. Reconhecer que a escrita não é apenas uma atividade extracurricular, mas sim uma parte vital do nosso bem-estar emocional, é essencial.

O meu compromisso comigo mesma é tentar restabelecer as rotinas, e torná-las tão automáticas que deixarei de pensar nelas, simplesmente acontecem de forma natural. A escrita é uma delas, mesmo não sendo pública, qualquer folha de pensamentos soltos que deitámos cá para fora, já é bom.

Aí, a escrita transcende a mera atividade; torna-se uma poderosa ferramenta de conexão e compreensão pessoal no meio do caos do mundo em que vivemos.

Espero que estejam todos bem e que continuem a escrever nos vossos cantinhos, onde vou passando sempre que a vida o permite.

tempo, ai o tempo

Tri, 26.03.18

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É o trabalho, os estudos, os meninos para ir levar e buscar à escola, é o levar ao ballet e ao Karaté, é o ginásio, é um vai p’ra lá e vem p’ra cá’, inúmeras tarefas, correria diária …

pára, pausa, respira rápido …

mais trabalho, mais estudos, mais afazeres, mais correria.

 

E assim é o dia-a-dia de muitos de nós (até mais preenchidos vá). O século XXI trouxe-nos uma melhoria da qualidade de vida, mas de facto esta evolução dos tempos trouxe tantas coisas boas como outras tantas menos boas. 

 

O ritmo de vida contemporâneo é absurdamente rápido.

 

É tudo pautado em minutos, segundos. A geração de hoje (que somos todos nós que vivenciamos estas alterações) tem que lidar com várias tarefas ao mesmo tempo, de forma rápida e, ainda assim, falta tempo.

 

Falta-nos sempre tempo …

 

E é o que me tem acontecido … faltar tempo, até para escrever … cada vez sinto mais que o tempo é efetivamente o luxo dos nossos dias, como já aqui disse, é um bem precioso que temos que saber gerir para o maximizar.

Cobramos um tempo que (se calhar) não sabemos gerir da melhor forma e aproveitar ao máximo, pois quando “temos” tempo, não usufruímos como deveríamos e permanecemos no ciclo vicioso da falta de tempo.

 

Procrastinamos o máximo que podemos “Eu depois eu faço isso…”, “Quando tiver tempo resolvo isso… ” e assim vamos dando “desculpas” sucessivas para aquilo que não queremos fazer ou que não conseguimos gerir da melhor forma.

 

Esta é (tem mesmo que ser!) a minha missão este ano: arranjar tempo (ou gerir e aproveitar o meu tempo melhor, vá).

Ter tempo para simplesmente estar; para pôr a leitura em dia; para escrever; para abraçar e estar com quem nos é querido; para simplesmente não fazer nada (se for isso que apetece) ou ir de facto ao ginásio (se for isso que apetece).

 

Claro que temos responsabilidades e rotinas que temos que seguir, mas se forem bem geridas conseguimos fazê-las da melhor forma, ficamos mais satisfeitos e motivados e acaba por “sobrar” tempo para o que quisermos.

 

Porque no final, é mesmo isso que importa: em que é que investimos o nosso tempo, o que é que cultivámos enquanto por aqui passamos.

 

E dito isto vou tentar voltar ao ativo por aqui no blog =)