o poder das palavras
Simples são as palavras mas conseguem ferir, magoar muito e fazer feliz, fazer sentir carinho, idealizar a presença quando não a há. Não se apalpam. Não se veem quando as dizemos, nem as podemos roubar quando as ouvimos de forma a ficarem só para nós.
Simples são as palavras, nada têm dentro a não ser o sentido e significado que lhes conferimos. Sem a nossa interpretação, nada eram a não ser palavras, soltas, sozinhas, vazias.
Simples são as palavras que conseguem ferir ao ponto de doer; que conseguem separar duas pessoas; que conseguem juntar; conseguem criar uma guerra; conseguem acalmar; conseguem amar.
Simples mas tão poderosas, as palavras moldam-nos e mudam-nos, formam significados e conceitos, fazem-nos felizes.
De tão poderosas que são, é preciso ponderar as palavras que usamos em determinado momento, não é só a palavra em si mas o significado que a outra pessoa lhe vai conferir; e fere, magoa muito profundamente …
Há, claramente, momentos para tudo, mas há que pesar as palavras que se dizem para que as mesmas não sejam ‘gastas’. Pessoalmente, eu tenho bastante cuidado com as palavras que emprego, tenho até receio de usar umas tantas demasiadas vezes por forma a banalizadas, e há palavras que têm que ser fortes (devem) não podem ser banalizadas e cair no rotineiro.
Há que calcular os momentos em que se pede ‘desculpa’ de forma sentida, para que a palavra não seja banalizada por forma a quase perder o significado; há que calcular quando se diz um ‘amo-te’, deve ser mesmo verdade e sentido e não apenas dito para parecer bonito, a palavra tem que transmitir todo o peso de um sentimento; assim são as palavras.
Como também há que pesar, nos momentos de irritação, as palavras agressivas que podem tomar proporções maiores do que o que queremos transmitir e as palavras ferem e são difíceis de apagar.
Poderosas que são as palavras, simples palavras …