o meu cookie
A magia do amor, nas suas mais diversas formas continua a ser algo que me espanta.
Não deveria, não é? Deveria ser algo tão corriqueiro no nosso dia-a-dia que não nos chegaria a impressionar. Mas, infelizmente, não é.
Por vezes, parece que vivemos com palas nos olhos e muita coisa nos passa ao lado, então acreditamos que somos só desgraça, stress e chatices mas não, também somos carinho, alegria e amor. Há sempre um pouco de tudo na vida, e é assim que se consegue o equilíbrio.
No meu caso, adotei um cachorro há poucos meses … estava na rua, precisava de uma casa e carinho, fez-me olhinhos, comprou-me e não vi outra solução. Veio comigo para casa. (não havia outra opção, certo?!)
Apesar do grande desafio que tal acarreta (deixaremos isso para um outro post senão fico já com os nervos em franja) porque é um bébé só que com quatro patas, pelo que precisa de atenção, cuidados, noites mal dormidas, asneiras em casa, etc, é também um poço de amor.
É verdade, ouviram bem, não é só uma dependência, ou o tratar-te bem porque tu lhe dás comida, não, é o estar presente sempre, é o parecer que pressente quando estás mais em baixo e se vem enroscar em ti, é a sua forma de carinho. Está contigo sempre, quando estás ocupado ou quando estás encostado a ler, recebe-te sempre na maior felicidade mesmo que o seu dia tenha sido péssimo, uma seca sem nada para fazer.
E nunca mais estás sozinho na vida.
E ele é tão fofo que vocês nem imaginam.
Além do impacto da sua existência na minha vida, que é bastante benéfico e ele nem tem essa noção (será que tem?).
“Obrigou-me” a adaptar rotinas, a definir prioridades, a aproveitar melhor o tempo para fazer tudo; “obrigou-me” inclusive a fazer exercício (sim que os passeios à rua não se fazem sozinhos)
É ele que me vai ajudar a não procrastinar tanto este ano. Juntos conseguimos.
É o meu cookie e já faz parte da família. Para algumas pessoas, tal afirmação é um absurdo, ainda olham para os animais tal como são, animais. No entanto, eles ocupam um lugar na família, nas comemorações, nas rotinas diárias, nos mimos distribuídos. Eles têm as suas necessidades integradas na família, dormem, tomam banho, têm horas para comer, para brincar, para estar em família e com a família.
E ele chegou há pouco tempo, arrebatou corações e faz parte da família, com toda a sua personalidade vincada e mimada. É um tipo de amor diferente, sabem? Mas que faz tão bem.
Quem daí percebe este amor pelos animais?