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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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o limite da tolerância

Tri, 02.03.17

maos dadas.jpgA tolerância é o ato de aceitação perante algo que não pode ou não se quer impedir.

 

Creio que é uma das premissas base para se viver em sociedade de forma a se aceitar o próximo; aceitar opiniões diversas e comportamentos tidos como diferentes.

Certo é que nunca pensamos todos da mesma forma, aliás nunca veremos a mesma verdade como facto único e imperativo; já dizia Gandhi “…nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”.

 

Pessoalmente, considero-me uma pessoa tolerante nos diversos quadrantes da minha vida; tenho alguma paciência no trânsito, não sou de usar a buzina ou barafustar com outros condutores; aguardo calmamente a minha vez na fila do supermercado mesmo quando a senhora da frente demora 5 minutos só a procurar talões e cartões de desconto; com os colegas de trabalho evito descarregar frustrações; sou paciente com a família, amigos, etc.

Ainda assim, assisto a situações diariamente que tentam claramente pôr á prova o meu nível de tolerância, pois interferem com o respeito pelo próximo e revelam faltas de educação.

 

Quase atropelar um peão pelo simples facto de este decidir atravessar fora da passadeira, após uma curva, num local sem visibilidade e com toda a calma do mundo como se o semáforo (inexistente) estivesse verde… é algo que testa a minha tolerância.

 

Não entendo o risco a que se sujeitam (eu também sou peão e não o faço) e não entendo a imposição a que sujeitam o condutor, obrigando a que o mesmo ceda passagem num local onde não está previsto que tal aconteça.

 

Isto não é mais que falta de respeito, falta de respeito pelo condutor, pelo próximo; é um egocentrismo onde só o que queremos e achamos correto é que prevalece e temos que subjugar todos os que nos rodeiam a isso.

Passar onde não deve, colocando inclusive a própria vida em risco (sim que um carro não se trava num piscar de olhos), obrigando todos os outros a parar também onde não devem, não é porque “dá jeito passar ali” e a passadeira está longe, é unicamente falta de respeito.

 

Tenho receio que um dia haja limites para a tolerância, depois de tantas vezes abusada, e que o “próximo” condutor não pare e espere pacientemente …