Casa nova, novos sarilhos
Não havia um ditado assim?! (tenho quase a certeza que sim…)
Então continuemos a aventura da mudança de casa, depois deste preâmbulo sinuoso a novela continuou.
A procura de casa neste país a preços decentes é impossível (nos outros países eu não sei ok?), desde o palavreado pomposo utilizado na descrição das casas que mais não são do que formas de ocultar a verdade evidente (evidente porque mal entramos lá vemos logo que fomos enganados) até às fotos tiradas com certos ângulos que dão ilusão de uma outra realidade.
Comecei por ver casas para alugar (queria um T2 em Gaia, só para situar) onde me conseguem apresentar T1 a 500€. Mas alguém sabe qual o salário mínimo deste país? Qual o custo do nível de vida?
Eu vi dezenas de casas (algumas não se podem chamar casas…eram uns buracos onde dá para meter uma pessoa) degradadas, com humidades e ainda assim com rendas altíssimas.
E aqueles +1 que afinal não passam de uma despensa onde nem eu não caibo ao comprido (e eu tenho pouco mais de metro e meio, pensem…)
De facto, custa-me a conceber como conseguem as famílias encontrar uma nova casa e ainda conseguir viver sem sobrar mês no fim do salário e ainda mais os jovens deste país que “saem cada vez mais tarde de casa dos pais”, pois pudera. Qual o mistério por detrás disso? (nem desconfio)
Andei nesta luta durante um ano até que chegou a conclusão óbvia: desistir de alugar casa e comprar efetivamente, pois os bancos estavam com taxas simpáticas o que significa que conseguiria comprar uma casa barata sem vender um rim.
E assim foi, mas como o “barato sai caro” lá me tramei (não que tenha sido assim tão barata…mas isso já deve ser subjetivo). E uma casa que aparentava ser decente, estar habitável (se bem que eu quis fazer algumas melhorias estéticas) acabou por ser um poço de problemas que ando a resolver há um ano! (socorroooo)
Eu até sou uma pessoa com paciência, tento promover isso em mim, mas esta novela chateia-me e já estou a ficar mesmo desgastada (desculpem lá mas tinha que desabafar).
Claro que podia ter escolhido outra casa, podia! Mas o crédito inerente também era mais elevado e eu gostava de não deixar esta dívida para os meus bisnetos (quando ainda nem filhos tenho). E sem ser uma nova, todas as outras tinham sempre algum problema, principalmente as que ‘têm potencial’ basicamente significa ‘agora é uma treta mas compre que quem sabe um dia…’. Enfim...
Acho que acabaram agora os problemas, depois de intervenção no WC, na marquise, cozinha nova, terraço novo, chão flutuante novo (por duas vezes graças à humidade), garagem arranjada…até fico cansada só de pensar.
Mas não estou nada confiante em relação a esta casa e que tenham, de facto, terminado todos os problemas. Mas também não sei bem o que fazer em relação a isso.
Vai começar a saga de montar móveis (sim que isto depois de se estoirar o dinheiro todo, uma pessoa tem mesmo que ir ao Ikea e montar tudo sozinha e poupar uns trocos) e vamos lá ver como corre.