acho que não voltei, mas por aqui ando
E não é que afinal ainda existo?! Depois de muitos meses de pausa, por aqui passo para vos cumprimentar a todos…não sei se para ficar, mas vamos indo ao sabor da vida. Espero ter-vos a todos bem, desse lado.
Este ano tem sido extremamente atípico, muitas mudanças, na vida pessoal e profissional e inclusive internas, as mais difíceis e impactantes.
Apesar da ausência pelo blog, a escrita continuou, nos meus milhentos cadernos, e fiz inclusive parte de um projeto de ‘Cadernoterapia’ que foi muito gratificante, permitiu uma escrita mais pessoal, mais intrusiva … permitiu perceber as feridas, chafurdar nelas, e escrever sobre isso como método de cura. Muito grata ao grupo que partilhou comigo esta viagem.
A primeira grande mudança na minha vida, que impactou totalmente sem eu estar a contar, foi ter adotado o meu cão, o Cookie. Acho que vou deixar isso para um outro texto.
Mas não me lembro de nunca ninguém me ter falado sobre a dependência que eles têm de nós, a prisão que são para a nossa vida… Atenção, que têm muitíssimas coisas positivas, o cuidado que têm connosco, sentem logo quando não estamos bem; o amor que partilhamos, que é um tipo indescritível, não obstante, não deixa de ser uma grande responsabilidade. Condiciona totalmente a minha rotina, não posso sair do trabalho e fazer qualquer coisa de última hora que me apeteça porque, evidentemente, tenho o meu menino em casa e precisa de ir à rua e, como é obvio, pesa-me a consciência deixá-lo só muitas horas…
Enfim, desabafos para uma outra altura, de algo que alterou totalmente as minhas rotinas e a minha vida como eu a conhecia.
Depois a vida a dois, também é um desafio constante, cheio de adaptações, cedências e novas rotinas … confesso que, por vezes, sonho com a minha vida de há uns anos, quando era só eu lá em casa…sem responsabilidades, sem ter que falar quando chegava a casa, sem ter que fazer nada, porque ninguém esperava nada da minha pessoa…
Novamente, reforço que a vida a dois tem muita coisa boa, começando pelo facto de estar a partilhar a vida com alguém que amo e que quero ao meu lado…mas não invalida que as rotinas tenham sido todas readaptadas para encaixar uma nova pessoa.
No trabalho existiram muitos percalços para contornar e adaptar, sinto que não conseguimos ter uma equipa estável estamos sempre a contornar imprevistos e a acomodar-nos a novas realidades. Mas somos fortes, resilientes e não desistimos com qualquer dificuldade.
A minha via ter que ser novamente operada, já fez os exames e aguardamos a data da operação. Como sempre, sei que vai correr tudo bem. É das mulheres mais fortes que conheço!
A juntar a tudo isto, conheci as constelações familiares- CF (falaremos nisto num outro post específico), mas que é uma ferramenta brutal que permite o autoconhecimento.
De forma altamente resumida posso dizer que é uma prática terapêutica utilizada para resolver conflitos familiares que atravessam gerações e que podem trazer danos para a nossa vida. Com as CF descobri coisas sobre mim e os meus ancestrais que não fazia ideia e, hoje sei, que ainda tenho muito trabalho pela frente.
Mas tudo isto para dizer, que a minha vida ficou de pernas para o ar, houve muita coisa a acontecer e eu a tentar flutuar pela vida.
Sinto que já começo a estar mais equilibrada e estável, e que consigo estar por aqui, veremos.
Tenho saudades de vos ler, de navegar por esta blogosfera, de aprender coisas novas, discutir assuntos pertinentes, de saber das vossas férias, conhecer novos destinos e ficar com água na boca com as receitas que partilham.
Vou dar uma voltinha por aí e venho já. 😉