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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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somos parte de um todo

Tri, 06.07.23

Mais uma mensagem de ecologia, toda ambientalista e tal?! Sim, é mesmo isso!

Porque enquanto não mudarmos, nunca é demais falar no assunto. Mas falar de ecologia e do nosso planeta entendendo-o como um todo, pois somos responsáveis por ele e fazemos parte dele.

 

Não obstante a importância do tema, qual a vantagem de cuidar do planeta e dos outros se eu não cuidar de mim mesma primeiro? E o inverso também se aplica, de que adianta eu só cuidar de mim e esquecer tudo o resto?

Acredito que cuidarmos de nós, investirmos no nosso desenvolvimento, cuidarmos do corpo e mente, está intrinsecamente ligado à nossa crescente preocupação pela preservação, pelo cuidado com os outros e com o mundo que nos rodeia.  Aliás, vi isso acontecer comigo e vejo constantemente acontecer a pessoas ao meu redor.

Creio que começa a ‘cair-nos a ficha’ e, de facto, percebemos que a Terra é a casa de todos e, como tal, é responsabilidade de todos mantê-la e preservá-la.

 

Quando nos dedicamos ao auto-conhecimento já não conseguimos voltar atrás, queremos continuar, queremos sempre descobrir mais, compreender, ir mais além. Porque nos apercebemos, genuinamente, nas mudanças na nossa pessoa.

No meu caso, sinto que me tenho conhecido muito mais nos últimos anos (também faz diferença ser idade adulta, questionar e pôr tudo em causa) e percebi que todos temos como missão (independentemente da nossa missão de vida, se tivermos) conhecermo-nos e gostarmos de nós, mas uns demoram mais tempo que outros.

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A minha jornada de autoconhecimento começou com a meditação mas o cuidar do planeta começou bem antes pois, nesse sentido, os meus pais sempre estiveram muito à frente e sempre reciclámos tudo em casa, sempre demos novas vidas às coisas e novos projetos ‘aos lixos’.

Por volta dos 13 anos quis ser vegetariana (nem eu sabia bem o que isso era) quando ainda nem se falava muito no assunto, mas de forma autodidata estudei nutrição, queria perceber o valor nutricional de cada legume para saber o que tinha que comer para substituir a carne e o peixe e não ficar doente. Uma visão muito inocente e de total desconhecimento …

Tinha uma capa cheia de informações e apontamentos…claro está, que não durou muito tempo. Anos mais tarde retomei a minha ”pesquisa” e o meu objetivo de adolescente.

 

 

como os pais influenciam a personalidade dos filhos

Tri, 27.06.23

Estou naquela fase da vida, em que as amigas à minha volta já têm filhos (e só sabem falar deles, verdade seja dita) e eu acho ótimo, até porque sempre adorei crianças e lá por casa havia sempre miúdos, desde família a vizinhos, todos lá iam parar. (já eu continuo a sofrer o estigma da sociedade para ver quando será a minha vez…)

E elas estão sempre preocupadas com as conversas que possam ocorrer à frente dos miúdos, “eles são uma esponja nesta idade, absorvem tudo” (mas se deitarem fora à velocidade de uma fralda, diria que não retêm lá muito…huuumm)

Mas, efetivamente, acho muito importante elas terem este pensamento e preocupação, fruto do desenvolvimento da sociedade, do nosso desenvolvimento pessoal ao longo da vida.

Atualmente podemos preocupar-nos com estas coisas, perceber que tipo de pais queremos ser, como exercer uma parentalidade consciente, no tempo da minha Ti Alice nada disso existia, tinha-se 14 filhos sem pensar muito no assunto, fazia-se o melhor possível com o conhecimento e as posses que se tinha. (correção: e não é que teve 17 filhos...)

É importante entender que nenhum de nós nasce com a personalidade formada, esta está em constante desenvolvimento ao longo da vida. (sim, não é um processo só das crianças). No entanto, os primeiros anos de vida são fundamentais neste processo.

Os filhos fazem o que os pais dizem, seguem os seus passos; estes são os seus modelos no princípio da vida, os seus pontos de referência. Daí a importância do exemplo, a criança tem tendência a imitar o que vê e assumir como certo essa atitude. Se vir os pais a deitarem lixo no chão, não só irá imitar o gesto como assumi-lo como correto.

Segundo Freud, os pais são tidos como agentes de extrema importância na formação da criança, são quem permite ‘conter o que há de animal em todos nós, ensinando a controlar desejos, impulsos, a perceber o que é ou não moralmente aceite’, de acordo com as convenções da sociedade.

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O que a criança aprender, ver, ouvir, sentir será armazenado no seu cérebro e irá definir a maneira como agirá no futuro. À medida que cresce, vai-se também dando conta de que consegue mover braços e pernas, por exemplo, e que os outros também o fazem. Assim, a partir do outro, a criança começa a ter a noção do eu, de que é um indivíduo.

As crianças estão muito atentas ao seu meio ambiente envolvente, onde encontram as pistas sobre o que devem fazer, o que podem usar e como.

Daí ser, de facto, de extrema importância conseguirmos controlar os nossos impulsos em frente às crianças; o objetivo não é o de excluir a influência que podemos ter mas sim de editarmos essa influência. Sermos conscientes sobre o efeito da nossa ação.

Se isto é fácil? Pois claro que não! É um exercício contínuo, e obriga-nos a estar muito mais presentes no momento, a perceber o que fazer e dizer, de forma a impactar positivamente.

Portanto, permite-nos evoluir e crescer enquanto educamos positivamente.

Um estudo da Universidade de Oxford afirma que filhos de pais confiantes são menos propensos a ter problemas comportamentais antes da adolescência. Assim, o trabalho passa primeiro por nós enquanto indivíduos para que possamos fazer um bom trabalho com as nossas crianças.

Se é simples, não, mas eu também só dou as ideias, vocês é que os vão criar, correto?

isto de errar

Tri, 19.06.23

Se até as máquinas cometem erros, não podemos exigir que os humanos não o façam e sejam exímios. E nas empresas estão humanos. (pasmem-se...)

No outro dia aqui na empresa um colega enganou-se e trocou uma peça que lhe foi pedida, cometeu um erro. E apenas isso, um erro, disposto a corrigir o mesmo de seguida.

Ele foi quase crucificado por isso.

Eu percebo que diferentes erros têm um impacto (e importância) diferente na prossecução da atividade da empresa, há coisas mais graves que outras, ainda assim todos erramos, é inevitável, no entanto, a diferença está na forma como lidamos com isso. (um erro de um médico pode levar à morte de uma pessoa, portanto sim, os erros têm pesos diferentes…)

O erro é sistemático? Erramos mas não estamos preocupados com o impacto dessa falha nem as suas consequências?

Ou corrigimos de imediato, desculpamos e fazemos os possíveis para não prejudicar nada nem ninguém?

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Todos nós cometemos erros, no entanto, enquanto alguns são simples e fáceis de resolver, outros têm uma repercurssão maior. Podem até ser irreversíveis, em algumas situações. Não obstante, sejam quais forem as circunstâncias, precisamos de assumir que errámos, ao invés de esconder e lidar com as consequências dos erros cometidos arranjando a melhor solução possível.

Estamos todos expostos ao fracasso. Esta é uma realidade que pode afetar qualquer área da nossa vida: um amigo desilude-nos; a nossa escolha profissional não foi a mais acertada; perdemos o campeonato de um qualquer desporto; etc.

Não obstante, se assumirmos a falha com a atitude certa, aprendemos, crescemos, saímos mais fortalecidos.

Nós somos seres imperfeitos, eu acredito, mas andamos a vender a ideia da perfeição e toda gente procura a foto perfeita, a relação perfeita, o corpo perfeito…

Quando admitimos um erro, importunamos o nosso ego negativo, que gosta de estar sempre no poder, e vemos isso como um sinal de fraqueza, de ignorância, uma forma de nos menosprezarmos.

Mas é precisamente o contrário, aceitar que temos falhas mostra que realmente somos fortes e humildes para compreender que somos imperfeitos, precisamos de evoluir e estar em constante melhoria e aprendizagem ao longo da vida.

 

Por isso, o erro do colega, de facto, teve impacto fazendo atrasar a obra mas assim que foi detetado, foi prontamente corrigido para minimizar os prejuízos e creio que isso é que é o importante.

 

Isto para lembrar que errar é uma oportunidade de corrigir.

Saber falhar é uma virtude, e das raras diria eu. Vamos todos errar melhor e ser melhores pessoas?

a última bolacha do pacote

Tri, 14.06.23

De onde será que surgiu a expressão “a última bolacha do pacote”? (se alguém souber quero, genuinamente, que me diga)

Tal expressão é utilizada para falar de alguém que se considera especial, que é o melhor em algo, o “supra sumo” lá da terra. (o maior lá da rua, diria eu...)

Mas no outro dia, em conversa com a minha amiga A., percebi que realmente não há vantagem nenhuma em ser ‘a última bolacha do pacote'. Convenhamos que a última bolacha do pacote normalmente está esmigalhada, já bateu em muita coisa pelo caminho até à prateleira (sofrimento dos pacotes que conseguem chegar à prateleira, não é para todos…) ou ficou num pacote que nos esquecemos aberto, onde a última já está mole e partida quando a formos comer.

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Portanto, o que nós deveríamos querer ser era a bolacha do meio do pacote, isso sim. Ainda direita, crocante, a dar vontade de comer mais…porque ainda não estamos cheios e, ao mesmo tempo, ainda temos várias tentações no pacote a chamar por nós.

A última é simplesmente a última. (e se essa última for a nossa primeira? Vamos ficar sedentos de mais açúcar...não se oferece a ninguém)

Não obstante, a dúvida mantém-se como surgiu esta expressão? E será que, na altura, os pacotes chegavam sempre intactos e a última bolacha era maravilhosa?

Mais, será que esta premissa seria aplicável à ultima batata frita do pacote também? É que, sabem, há quem prefira salgados.