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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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A EN-2

Tri, 29.09.17

O blog está de férias (e eu também).

 Marco_EN2.JPGVou percorrer uma aventura de alguns Km pelo nosso país, explorando a mítica estrada nacional 2.

 

De todas as estradas de Portugal, há algo de lendário e atrativo na EN-2 que a distingue das outras, é a espinha dorsal do nosso país ligando Portugal de lés-a-lés, começa e Chaves e termina em Faro.

 

Esta é a terceira estrada mais extensa do mundo, e passa por tantas terras bonitas e pouco conhecidas (pelo menos por mim) que tem tudo para correr bem. Vou visitar sítios tão distintos, desde Lamego a Santa Comba Dão, de Castro Verde a Pedrogão, de Beja a Mora, um sem fim de recantos de Portugal.

 

Portanto, vou só ali explorar Portugal e venho já (e depois conto-vos como foi). 

as frases que me tiram do sério

Tri, 18.09.17

1. "Tem calma"

O "tem calma" é daquelas coisas que me faz subir a tensão de forma quase imediata.

Das duas uma, ou eu nem sequer estava nervosa (apenas a apresentar algum ponto de vista com mais convicção!!) e fico automaticamente irritada; ou se estava a ter um ataque de ansiedade (porque o GPS nunca funciona quando deve e já estou à 2h às voltas…por exemplo, só como exemplo) então perco a cabeça.

 

Eu nem sou pessoa de me irritar de facto, mas o ‘tem calma’ tem um poder quase super-heróico de ligar um botão dentro de mim para me fazer perder a paciência.

Mas porquê?!? Porque é que têm que usar essa expressão?! Por acaso alguém acha que por dizer calma em voz alta resolve automaticamente todos os problemas existentes e que a pessoa com quem falam fica de tal modo aliviada que nem precisa de meditação?!

 

2. "Então, como te correu o dia?"

A sério?! Ainda mal cheguei, ainda não me sentei e querem que eu faça um resumo do dia?! E quem disse que eu quero, se calhar o dia nem foi assim tão bom e o que quero é esquecê-lo e não revivê-lo de ponta a ponta. Se foi bom e empolgante vou querer contá-lo à minha maneira, cheio de histórias, pormenores e parvoíces.

Portanto não me peçam resumos. 

 

3. "Não stresses"

Mas por acaso o facto de eu comentar que o condutor do lado (que se está a tentar meter na fila á nossa frente) que sofre de ‘chico-espertismo’ significa que já estou stressada?! Stressada é deixarem-me ficar horas presa no trânsito a perder preciosos anos de vida.

Só porque uma pessoa comenta certos e determinados problemas do dia-a-dia (trânsito, filas de supermercado e afins) não significada de forma perentória que já está stressada….mas se continuam irá fazer quase o mesmo efeito de ‘Tem calma!’.

No_Stress.jpg

 

o que é feito da fast food?!

Tri, 06.09.17

hamburguer.jpg

Fui ontem ao Mcdonald's (coisa que já não acontecia à uns largos meses) e qual não é o meu espanto quando sou surpreendida por toda uma série de novas regras e máquinas que me obrigam a trabalhar.

 

Tenho uma máquina para fazer o pedido, com tantas opções, botões e sugestões que eu perco metade do tempo da refeição á volta dela…no final, não tenho tempo para comer o meu hambúrguer.

 

Mas afinal o que é feito da fast food que passou a ser tão slow com tantas regras. Pessoalmente, quando vou comer fast food não é com o intuito de encher as veias de gordura, é de facto para ser rápido. Agora é tudo demasiado moroso, até os colaboradores do Mac já servem à mesa (quase como no talho vá, a gritar o número da senha seguinte).

 

Esta substituição maciça dos humanos pelas máquinas a toda à nossa volta causa-me alguma urticária (além de que me dá muito mais trabalho a mim xD ), imagine-se que até no super tenho que ser eu a pesar os legumes ao invés de ter 3 ou 4 simpáticas senhoras que por norma me costumavam atender…

 

Já não ‘exijo’ que num Mac tenha um atendimento personalizado (“Boa tarde. O que deseja? Pode por favor passar para outra fila? Bom apetite e volte sempre!”) mas que tenha pelo menos algum atendimento e contacto com o cliente que não seja apenas: “SENHA 99! 99!”

seremos mesmo o espelho dos nossos pais?

Tri, 04.09.17

familypic.jpg

Dizem-nos durante toda uma vida “é a cara chapada da mãe.”, “Ai que feitiozinho, sai mesmo ao pai”, “tal pai, tal filho”, e será que somos mesmo assim tão iguais?

Será que os nossos feitios e personalidade são ditados pelos nossos pais e respetivos feitios? Será que não desenvolvemos a nossa própria personalidade ao longo da vida á medida que vamos crescendo? Será que somos assim tão iguais?

E a resposta é sim, eu creio que sim!

 

Eu vejo por tantos casos que me são próximos, amigos e família, como os pequenos absorvem tudo que nem esponjas.

Assisto ao crescimento de algumas crianças pensando ‘que orgulho, que esperta e inteligente ela está a ficar’ refletindo que os exemplos daqueles pais são de facto positivos, as regras que lhe são impostas fazem todo o sentido, as atividades culturais que partilham com a criança são muito benéficas e, dessa forma, creio que estão a fazer um bom trabalho.

 

No entanto, vejo outros em que penso ‘ai no que ele se está a tornar’ e, de facto, é mesmo isso com pais com uma índole um tanto ao quanto duvidosa, amargos e insurretos, as crianças repetem os seus hábitos, educação (ou falta dela) e as tendências que as envolvem.

Assim, a criança torna-se pouco simpática, social e até autónoma nas funções básicas da vida, mas de facto a culpa não é da criança, mas sim da sua envolvente, mas sim dos exemplos (ou não) que lhe são passados.

 

A criança é totalmente condicionada e influenciada pelo seu meio ambiente, pelos exemplos dos pais, as conversas que os mesmos têm, os hábitos do dia-dia, são determinantes para o desenvolvimento da criança.

 

Todos temos a consciência de que viemos ao mundo fruto da união entre duas pessoas (com mais ou menos amor, não está em causa), e das quais herdamos geneticamente características que nos distinguem a cada um de nós de forma particular. Muitas destas características revelam aquilo que nós somos como pessoas, embora não totalmente, pois há coisas que o meio social nos transmite quase sem nos apercebermos.

 

Assim percebe-se a importância de sermos pais, criadores, educadores; é de facto relevante, (não propriamente pais biológicos…às vezes bem longe disso…) não só porque somos responsáveis por aquele pequeno ser que sem nós não é autónomo e não sobrevive, como também, somos responsáveis pelas pessoas que colocamos no mundo, somos responsáveis por criar aquele ser da melhor forma possível, passar-lhe a melhor educação e valores porque ele será o adulto que ficará neste mundo e o mundo já está suficientemente cheio de pessoas amargas, ruins e maldosas.

 

Pais deste mundo, vamos torná-lo num lugar melhor?!