descontrair #11
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É dos maiores prazeres! Aquele primeiro impacto, o autoconhecimento, o julgares o livro pela capa (inevitável) antes mesmo até de lhe conheceres o prefácio, o criares alguma expectativa sobre a sua história.
É dos maiores prazeres! Recebê-lo e mimá-lo, cheirar o livro, folhear para sentir todas as páginas, sentir a espessura do papel, é todo um ritual.
E tantos livros passados, o ritual continua o mesmo, o prazer que dá continua o mesmo.
É certo que o que é relevante e marcante é, de facto, o seu conteúdo, as páginas de história e de vida que acabaram de chegar. É certo também que já não consigo ler compulsivamente como fazia (mais porque agora ando de carro e não de transportes, onde o tempo era tão bem esticado!), vou lendo e saboreando as páginas, já não as consigo devorar. Mas continuo apaixonada por livros, nunca saio de casa sem levar um comigo (huuum, se calhar se for a um casamento fica…não cabe na pochet...é só por isso vá) e carrego diariamente o peso da minha paixão, sem qualquer problema até porque sem ele sinto que me falta algo. (as ‘minhas’ más línguas diriam que me falta um tijolo na carteira)
É dos maiores prazeres receber um livro, novo ou não, comprado por mim ou não, é irrelevante pois quando o recebo, continuam a brilhar-me os olhos a cada livro que acrescento à minha vida, continuo a dar importância a cada pormenor, depois de o cheirar tiro sempre as etiquetas caso as tenha (sempre!), volto a cheirá-lo e guardo-o com um sorriso verdadeiro e cheio de carinho, como aqueles que só se dão aos amigos.
E é isso que os livros se tornaram na minha vida, amigos, cheios de vida e de pessoas que entravam pela minha vida adentro, com histórias mirabolantes que me faziam viajar sem sair do meu canto, que me passavam emoções, aprendizagem, momentos tão agradáveis como de sofrimento, vibrava com cada linha, sentia a história da personagem como se fosse minha.
Os livros são vivências mil e há tantos e tão bons escritores que nos conseguem transmitir isso. Ainda bem!
Continuo a gabar-lhes a arte, acho mesmo que são artistas, com simples palavras podem provocar em nós turbilhões de sentimentos, podem fazer-nos viajar e sonhar, são de facto artistas. As suas palavras conseguem provocar em nós uma qualquer emoção, boa ou má que seja, e não é isso que se pretende da arte, tocar as pessoas?!
"Feche algumas portas. Não por orgulho ou arrogância, mas porque já não levam a lugar nenhum."
Paulo Coelho
Ligamos a televisão nos dias que correm e, apesar de mudarmos de canal, as notícias são equivalentes em qualquer um deles; são homogéneas em toda a sua desgraça e destruição.
Apavora-me ver as notícias de hoje em dia, não um susto momentâneo, não um terror de não conseguir sair de casa, mas uma inquietação constante de não saber para onde caminha este mundo.
Tudo é tristeza, desgraça e destruição à nossa volta; incêndios que não cessam e incendiários que não são castigados, ataques terroristas quase diários e cada vez mais perto.
É um temor não saber o que será desta sociedade amanhã; não no aspeto económico-social relativo ao aumento da taxa de desemprego, aumento das rendas de casa devido ao crescendo de alojamentos locais e afins, da crise económica ou da poluição, não. Falo apenas da sociedade!
Esta sociedade que é a nossa e que tem como base a banalização da violência, tem como resposta a qualquer problema a falta de tolerância; esta sociedade que não cria resposta para os conflitos sem ser com novos conflitos.
Problemas estes que são transversais, desde os governantes, que deveriam dar algum exemplo, até aos cidadãos que não aceitam um ‘não’ como resposta sem que tal seja tido como uma afronta e tenha como resposta a violência imediata.
Temo o futuro da humanidade, pois assisto à sua destruição maciça: o homem a autodestruir-se.
É impossível sentirmo-nos indiferentes a tudo o que se tem passado.
Estamos cada vez mais impulsivos, menos racionais e a regredir em vez de evoluir; na verdade estamos a tornar-nos em verdadeiros animais da selva com a diferença fulcral de que não matamos para sobreviver, mas sim para nos fazermos valer.
O mundo está de facto virado do avesso, de uma forma que me deixa inquieta relativamente ao futuro e que me faz temer pelo mesmo e por todos os descentes que eu possa cá deixar. O que será o mundo para eles?
Estamos a evoluir no sentido contrário ao dos conhecimentos que adquirimos com o tempo. Evoluímos cada vez mais rapidamente para o egoísmo, para o egocentrismo, para a falta de tolerância e de respeito, para a falta de liberdade …
Ainda tenho esperança e acredito que podermos mudar e melhorar, mas até quando estes atos cruéis que saem impunes, até quando a corrupção sem consequências; para quando a esperança de um mundo melhor, de pessoas melhores?
Sei que diariamente devemos todos tentar fazer a nossa parte, pensar positivo, espalhar amor, proliferar a simpatia, paciência e tolerância …mas até quando?
"Quem olha para fora, sonha; Quem olha para dentro, acorda."
Carl Jung
Desde que me lembro de ser gente (vá…desde que comecei a ser gente grande e a trabalhar) o campeão do desentendimento entre colegas numa organização sempre foi o "ar condicionado".
É uma verdade transversal a todas as organizações por onde passei e, certamente, será também comum a muitos de vocês pois quem nunca assistiu a monólogos do género:
- Não se está nada bem nesta sala, até tenho que colocar o casaco pelas costas.
- Ai que calor. Vocês não sentem?
- Ui que frio, nem os pés me aquecem.
Paralelamente a este fenómeno existe também o da música ambiente, o rádio de fundo que se põe a tocar no escritório para cortar o silêncio pesado que por vezes pode existir (devido aos elevados níveis de concentração, claro está). Por aqui, habitualmente, o rádio passa uma qualquer rádio com música da moda, ora pra quem gosta de certos estilos de música específicos ter que ouvir de vez em quando reggaeton ou coisas assim, pode ser desconcertante (principalmente se não for acompanhado de um copo de vinho para animar).
A agência americana de marketing, WebpageFX, fez um estudo sobre este fenómeno e apresentou alguns números engraçados:
— 61% dos colaboradores ouvem música no trabalho para se sentirem mais felizes e produtivos.
— 88% consideram que realizam um trabalho mais preciso quando estão ouvindo música.
— 77% de donos e gerentes de PME acreditam que a música ajuda a ‘levantar o astral’ da equipa.
Mas que tipo de música devemos ouvir?
— Música ambiente (eletrônica ou instrumental) aumenta a precisão da análise e do preenchimento de dados em 92%.
— Música clássica melhora a eficácia do trabalho para 12% dos colaboradores
— Música pop reduz a incidência de erros para 14% dos colaboradores
— Música animada (dance music) aumenta a velocidade de leitura para 20% dos colaboradores
O estudo ainda demonstra que, se precisamos aprender coisas novas, devemos ouvir música com mais instrumental uma vez que as letras podem interferir na nossa capacidade de reter novas informações. Quando ouvimos música com letra, o cérebro tem que processar dados auditivos além dos dados que estamos a tentar apreender. Esta multitarefa pode fazer com que o cérebro interprete incorretamente as informações ou cometa erros sobre o que precisa armazenar.
Assim, caríssimos colegas, para bem da produtividade da nossa empresa, deixem de ouvir ‘despacito e afins’ (e de me obrigar a ouvir) e quem sabe possam aderir à moda dos phones nos ouvidos: ouvem o que querem, sem incomodar e ainda têm phones com umas cores todas catitas que podem fazer pandam com a roupa do dia.
(ou passamos todos a ouvir a música de espera do call center pois quando telefonamos dão-nos muita música clássica para nos acalmar…resulta imenso)
E porque vem aí um daqueles momentos do ano que adoro: escapadinhas em fins-semana prolongados.
Para quem já está de férias não faz diferença, para quem ainda não foi é uma tremenda lufada de ar fresco (ou ar quente, nesta altura).
De qualquer das formas, aproveitem bem estes dias: para brincar, namorar, passear, descansar simplesmente.
Os dias de hoje ... e chega a ter graça o ridiculo da situação ...
"O pessimista vê dificuldade em toda a oportunidade e o otimista vê possibilidade em toda a dificuldade."
William Churchil