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"There is nothing so cruel in this world as the desolation of having nothing to hope for."
Haruki Murakami
A luta LGBT ainda faz correr muita tinta e ainda gera muita discussão, sem motivo algum porque isto é um não-motivo. A luta contra a descriminação e preconceito deve ser uma luta de todos, de todas as pessoas independentemente da sua orientação sexual.
Todos podemos e devemos ser o que bem quisermos e vivermos como e com quem quisermos, mas para integrarmos uma sociedade mais justa, igualitária e respeitadora para com todos é necessário combater e abolir todo e qualquer tipo de preconceito.
Mantermo-nos impávidos e serenos não é solução, a luta é de todos e é para bem dos nossos amigos, familiares, dos nossos filhos, não é necessário ser gay, lésbica ou trans para lutar contra a homofobia.
Devemos tomar uma posição e defendê-la, devemos nós próprios não julgar o que não há para julgar e impormo-nos quando assistimos a crimes de ódio no meio da rua ou de um qualquer evento.
Ler notícias como o caso de um pai e filho que foram espancados no meio da rua porque foram “confundidos” como um casal homossexual, faz-me questionar a liberdade, o país em que vivemos, a tolerância não praticada. Notícias destas eu não consigo conceber nem tolerar e é responsabilidade de todos lutarmos contra isto.
O que todos queremos, de alguma forma, na vida é ter alguém do nosso lado que nos respeite, que nos trate com carinho, alguém com quem possamos rir e chorar, com quem possamos partilhar conversas e sentimentos, alguém que nos faça rir e se ria das nossas palhaçadas, no fundo alguém que nos entenda e ame como somos; portanto o que interessa o sexo dessa pessoa se ela nos der tudo e estiver lá para nós? Devemos ser e estar com quem nos faz bem, amar quem nos ama; independentemente dos sexos, amar a pessoa ao nosso lado, isso sim é que é relevante!
A luta contra a LGBTfobia não é de facto uma luta exclusiva dessa comunidade; é uma luta de todos nós e deve ser cada vez mais uma preocupação de forma a lutarmos por um mundo livre e de respeito pelo próximo, e que tal permaneça para os nossos filhos para que tenham a sua própria liberdade.
Vamo-nos empenhar por um mundo melhor?
"...será que um sonho, depois de sonhado, instaurará mudanças na vida do sonhador?"
Sigmund Freud
Muda o ano, repete-se a história…é assim todos os anos, a história trágica repete-se, muda, por vezes, a paisagem.
A notícia começa invariavelmente com uma vaga de calor extremo, correria de toda a população para as praias e, eis se não quando, surge o primeiro incêndio.
Só neste país é que se ouve todos os anos a “abertura da época de incêndios”, como se de uma propaganda se tratasse.
Todos os anos a história se repete!
Hectares e hectares reduzidos a cinzas numa dúzia de horas, milhares de homens e mulheres que dão sempre o máximo de si, dia após noite, para nos tentar salvar a Nós, aos Nossos bens pessoais, ao Nosso país.
Todos os anos a história se repete!
O país inteiro a fazer julgamentos em praça pública, por todos os criminosos que são entretanto apanhados, e que invariavelmente são posteriormente todos soltos; o país inteiro a ditar a mesma sentença “é o costume…mais do mesmo” e, ainda assim, aos olhos de todos a história repete-se!
E a culpa é um pouco de todos nós, não que sejamos os piromaníacos disfuncionais que ateamos o fogo, não; mas somos quem faz um picnic na mata e consegue deixar lixo espalhado, somos quem vai a passear de carro enquanto fuma um cigarro e consegue deitar a beata pela janela, somos quem vê lixo potencialmente perigoso em qualquer mata mas não apanhamos porque o lixo não é nosso, somos quem faz fogueiras e queimadas nas alturas de maior calor, somos quem vê as pessoas do lado a deitar deliberadamente lixo no chão e não tomamos iniciativa de dizer nada, limitamo-nos a ‘insultar’ entre dentes…
Todas estas atitudes de falta de civismo fazem de nós também um pouco culpados por todos os incêndios que despoletam no nosso país todos os anos.
Todos sabemos que a juntar a isto, temos uma necessidade premente de reorganização do nosso território, de equipar os nossos heróis com os melhores meios (ou pelo menos com os mínimos) e de fazer cumprir as leis e passar ter justiça neste país.
Não obstante, é de fulcral relevância Todos tomarmos uma atitude e Todos termos uma consciência de prevenção que, apesar de não anular de todo estes acontecimentos, possivelmente ajuda a minimizar os danos provocados pelos mesmos e até a minimizar a sua ocorrência.
Lembrarmo-nos, por exemplo, da casa da aldeia, que não foi vendida, que ninguém chegou a acordo nas partilhas mas que ao mesmo tempo ninguém visita e que está a ser “devorada” pelas silvas; lembrarmo-nos de ser cidadãos informados que deitam o lixo no devido local; pequenas atitudes que ajudam a fazer a diferença.
Enquanto isso, continuarmos a acreditar que a justiça irá, algum dia, cumprir com a sua função e irá condenar todos os criminosos que são apanhados anualmente, de forma recorrente, seja porque sofrem de uma qualquer doença psicológica sejam porque fazer parte de esquemas de corrupção onde os interesses dos empresários “falam mais alto” que os pulmões necessários do nosso país, e que ainda assim conseguem ser soltos sem qualquer consequência que não seja a de ficar “com cadastro”.
Não esqueçamos, evitar estes acontecimentos é responsabilidade de todos nós, todos temos que ser responsáveis pelo bem-estar do nosso país.
A todos os envolvidos nesta tão grande tragédia, um abraço forte, todo o meu carinho e pesar por estas perdas dolorosas e a promessa de que no que depender de mim, continuarei sempre a ter todos os cuidados de prevenção necessários e que terei duas mãos disponíveis para trabalhar quando for possível restaurar tudo o que há a restaurar.
Impossível não sofrer por eles!
Um grande abraço apertado a todos os heróis deste país, aqueles que fazem do fogo a sua profissão, aqueles que o são de forma voluntária e que, também, arriscam a sua vida para nos salvarem, a todos os civis que na ânisa de salvarem bens e pessoas se tornam também eles heróis.
O meu coração está apertadinho e em luto por todas as mais de 60 pessoas como nós que devem ter tido uma das mortes mais horríveis que eu consigo imaginar.
O fogo impõe-me muito respeito. Sempre assim foi.
Ora nem mais! =)
"A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz."
George Eliot
Vivemos atualmente numa era sem paciência, paciência para esperar, para disfrutar.
Vivemos a vida a correr, sempre a correr para todo o lado: a correr atrás de dinheiro; a correr atrás daquela pessoa que não nos liga, a correr para atingir o peso ideal, a correr para ter tempo…mas no final não temos. Não arranjamos tempo para disfrutar das pequenas coisas. Tal como disse neste meu post, o tempo, hoje em dia, é um luxo.
E será que é isto que devemos esperar da vida? Uma correria constante em busca dos nossos objetivos? Não se pára para apreciar esses mesmos objetivos ou até mesmo o percurso percorrido até os atingir?
Assistimos à realidade do micro-ondas, queremos tudo ‘para já’, não temos paciência para esperar, já nem fornos de lenha são usados porque demoram tempo e nós não estamos dispostos a esperar que as coisas aconteçam, que as coisas se formem na vida; vivemos a realidade do imediato sem paciência nem tolerância.
Esta sociedade do imediato em que nos estamos a tornar, está cada vez menos tolerante e paciente, não está habituada a esperar ou ser contrariada…tudo o que se quer, ou se sonha ou simplesmente se imagina, a seguir vamos arranjar e conseguir.
Já não precisamos esperar que um tal filme ou série estreie em Portugal, “sacamos” da internet; não nos sujeitamos às músicas que passam na rádio usamos app’s para ouvir o que queremos; não vamos à livraria procurar o livro que queremos no meio de todos os outros, optamos por e-book’s à distância de um simples clique.
Consigo conceber que é a evolução natural do mundo, das tecnologias que são desenvolvidas para nos facilitarem a vida e as tarefas diárias, no entanto, creio que esta globalização é levada demasiado ao extremo e esquecemo-nos das origens, das coisas simples da vida e de como, nem tudo, se resume à evolução tecnológica.
Esta era do micro-ondas afeta-nos sem, por vezes, nos apercebermos, consegue até influenciar a nossa alimentação que nem sempre que limita aos produtos biológicos e saudáveis da nossa horta, muitas vezes queremos determinado fruto ou legume e o que é facto é que não temos que esperar “pela sua época”, tudo está disponível todo o ano.
Querer tudo ‘para já’, faz-nos usar e abusar, de tudo o que nos rodeia, sem disfrutar; mas esta vida passa a correr… vamos tentar fazer um ‘exercício de contemplação’...todos os dias despendam 5 minutos do vosso dia para apreciar algo, algo que esteja à vossa volta, nem que seja o sol que brilha alto e nos deixa sempre com melhor humor.
Uma semana para todos! =)