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Estou só a dizer coisas ...

um espaço para a reflexão e partilha ...

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reflexão #4

Tri, 29.03.17

 

"...não será que até as coisas inúteis têm cabimento neste mundo longe de ser perfeito? Se desta vida imperfeita eliminássemos tudo o que é inútil, a imperfeição deixaria ela própria de fazer sentido."

 

Haruki Murakami

"Suptnik, Meu Amor"

coisas boas

Tri, 29.03.17

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As coisas boas existem e acontecem em todo o mundo, a toda a hora, mas vivemos tão assoberbados com todo o mal e egoísmo que nos rodeiam que nem paramos para nos apercebermos e refletirmos sobre os momentos de alegria.

 

 

A todo o momento podemos parar a azáfama do nosso dia para nos apercebermos, focarmos e apreciarmos o que de bom temos em nosso redor; a beleza natural da paisagem que nos rodeia, as crianças inocentes e felizes a brincarem no baloiço; as iniciativas de solidariedade gratidão e amor que todos os dias acontecem; os nossos entes queridos que podem não o exprimir mas estão sempre junto de nós.

 

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Devemos tentar levar a nossa vida trilhando o caminho do amor, tentando ressaltar o que de bom a vida tem, o bem que nos rodeia, o que é bonito, o que é bom, as pessoas que estão sempre connosco. E depois, guardar todos esses momentos preciosos dentro de nós e recordar, partilha, sorrir e rir de todos eles.

 

Experimente … parar, refletir e apreciar a vida como um todo, vai ver que não custa nada e vai ficar muito mais alegre e de coração cheio.

feliz dia, mulheres!

Tri, 08.03.17

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Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma

E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes

Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes...
e calma
 
Sophia de Mello Breyner Andresen
 
Ofereço flores do meu jardim, a todas as leitoras deste humilde espaço.

  

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o luxo do tempo

Tri, 07.03.17

O tempo de hoje passa a voar, quantas vezes não demos por nós a comentar “Já é natal? Este ano passou a correr!”. 

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E de facto assim é, a vida é vivida a um ritmo alucinante que por vezes nem nos apercebemos, não desfrutamos de pequenas coisas porque temos que ser polivalentes e omnipresentes e ir num instante para qualquer outro lado.

 

Mais do que os bens materiais que se possam adquirir e colecionar, o tempo é de facto o maior luxo dos dias de hoje.

 

O tempo para estar sem preocupações; o tempo para disfrutar da companhia de alguém; o tempo para poder simplesmente não fazer nada, sem correrias, sem responsabilidade nem compromissos stressantes.

A vida evoluiu, como não poderia deixar de ser, com a evolução do mundo, e nós tentamos abarcar tudo e fazer de tudo e quando nos apercebemos, não estamos a viver a vida, estamos a passar por ela.

 

Fazemos tudo a correr, em piloto automático porque já estamos dessa forma formatados; vamos a correr buscar os miúdos para ir a correr ao supermercado; vamos a correr ao dentista/cabeleireiro, enfim, porque temos a casa para arrumar; fazemos qualquer coisa simples para o jantar, a correr, para termos tempo de ir a um cinema; vamos a correr ao ginásio na pausa de almoço para rentabilizar o tempo; saímos a correr do trabalho para podermos tomar um copo com um amigo, a correr, para voltarmos a casa e preparar tudo para um novo dia …que este já passou, a correr.

 

Acumulamos compromissos, preenchemos todos os tempos livres, temos a sensação que o dia é cada vez mais curto e que não chega para todos os afazeres, o ano passa a voar e temos a sensação que tudo o que temos para fazer não cabe no tempo que temos disponível.

 

O estilo de vida que temos hoje é assim, acelerado, muito diferente do vivenciado á poucos anos atrás, no entanto, para acompanhar o desenvolvimento do mundo temos que nos desenvolver pessoal e profissionalmente preenchendo de tal forma a nossa agenda, vida e cabeça que temos a perceção que o tempo acelera, mas não, na verdade a nossa perceção temporal só muda devido aos inúmeros compromissos que temos presentes no nosso quotidiano que não nos permitem assimilar o passar do tempo de forma mais tranquila.

 

Acredito que tal ritmo não se consiga alterar agora, não no caminho evolutivo que segue o mundo, em que conseguimos estar “presentes” em diferentes eventos e a falar com diferentes pessoas sem realmente ESTAR, por meio das diversas redes sociais e de comunicação existentes, no entanto, creio que é fulcral para o bem-estar pessoal e emocional conseguirmos distanciar-nos destas rotinas, destas vidas aceleradas e parar! Aproveitar o momento, aquele verdadeiro que está acontecer naquele momento connosco, não qualquer outro que alguém está a vivenciar e nós a comentarmos.

 

Tirem férias, descansem, disfrutem, vivam a vida!

o limite da tolerância

Tri, 02.03.17

maos dadas.jpgA tolerância é o ato de aceitação perante algo que não pode ou não se quer impedir.

 

Creio que é uma das premissas base para se viver em sociedade de forma a se aceitar o próximo; aceitar opiniões diversas e comportamentos tidos como diferentes.

Certo é que nunca pensamos todos da mesma forma, aliás nunca veremos a mesma verdade como facto único e imperativo; já dizia Gandhi “…nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”.

 

Pessoalmente, considero-me uma pessoa tolerante nos diversos quadrantes da minha vida; tenho alguma paciência no trânsito, não sou de usar a buzina ou barafustar com outros condutores; aguardo calmamente a minha vez na fila do supermercado mesmo quando a senhora da frente demora 5 minutos só a procurar talões e cartões de desconto; com os colegas de trabalho evito descarregar frustrações; sou paciente com a família, amigos, etc.

Ainda assim, assisto a situações diariamente que tentam claramente pôr á prova o meu nível de tolerância, pois interferem com o respeito pelo próximo e revelam faltas de educação.

 

Quase atropelar um peão pelo simples facto de este decidir atravessar fora da passadeira, após uma curva, num local sem visibilidade e com toda a calma do mundo como se o semáforo (inexistente) estivesse verde… é algo que testa a minha tolerância.

 

Não entendo o risco a que se sujeitam (eu também sou peão e não o faço) e não entendo a imposição a que sujeitam o condutor, obrigando a que o mesmo ceda passagem num local onde não está previsto que tal aconteça.

 

Isto não é mais que falta de respeito, falta de respeito pelo condutor, pelo próximo; é um egocentrismo onde só o que queremos e achamos correto é que prevalece e temos que subjugar todos os que nos rodeiam a isso.

Passar onde não deve, colocando inclusive a própria vida em risco (sim que um carro não se trava num piscar de olhos), obrigando todos os outros a parar também onde não devem, não é porque “dá jeito passar ali” e a passadeira está longe, é unicamente falta de respeito.

 

Tenho receio que um dia haja limites para a tolerância, depois de tantas vezes abusada, e que o “próximo” condutor não pare e espere pacientemente …