o blog
Desde cedo o paradoxo do sentido da vida, do ‘quem sou eu e que faço aqui’, me ocupou a mente.
É sobre a reflexão contínua destes temas que tem sido construída a minha vida, e é este género de ideias que tem servido para construir a visão que eu tenho do mundo e do meu lugar e dever no mesmo. De uma forma mais empírica do que lógica.
Aprendi desta forma a traçar uma barreira invisível entre mim e os outros, adotando uma distância razoável e aprendi a questionar todas as suas histórias, não as tomar como certas, e dessa forma refletir sobre elas e tentar perceber de que forma eu poderia ajudar; de que forma poderia melhorar algo; de que forma eu poderia ser uma mais-valia na história daquela pessoa.
Assim dou por mim várias vezes a falar sozinha, no meu mundo de pensamento e reflexão, a pensar alto, a organizar pensamentos, e, por vezes, não me encontro sozinha sendo que se segue a inevitável questão:
“Estavas a falar comigo?”
“Não, estou só a dizer coisas…”
Sempre falei sozinha, como reflexão interior, para organizar pensamentos, ou mesmo discursos, quanto estou a preparar alguma fomação ou conferência; e por vezes até no que antecede uma conversa séria e importante que tenha que ter com alguém, repenso o que pretendo dizer, em voz alta.
De facto creio que a reflexão deve fazer parte da nossa vida, como tarefa essencialmente, devemos parar para pensar na vida e no que nela acontece ao invés de simplesmente a vivermos, a vermos passar sem questionar.
Devemos pensar sobre as noticias que ouvimos/vemos, devemos refletir sobre o que dizem os nossos comentadores televisivos, por exemplo, em vez de aceitar que os seus comentários e pensamentos são verdades absolutas e tomar tais palavra como suas. Nem que seja no jantar de logo á noite, quando o grupo de amigos sugere, podemos parar para pensar e contrapôr outra opção, em vez de simplesmente acenar e concordar sem pensar.
Eu penso! Penso na minha vida e no que posso fazer para melhorar, penso no outro e em como posso ajudar em qualuer coisa que seja, penso em como foi o meu dia e se tive algum momento em que servi o próximo, ou se tive alguma atitude menos boa, penso nos meus amigos mais próximos e familiares e no que precisam naquele instante..
E sempre assim foi, vivo mais para os outros, pela sua felicidade e conforto do que para mim própria. No entanto, entenda-se, que só é assim porque eu quero e faço por isso, não sou nenhuma boa samaritana que pretende qualquer tipo de louvor. Longe disso!
Desta forma, pretendia esclarecer algumas das pessoas que têm questionado o nome do blog, creio que o objetivo foi cumprido ;)